Segundo Abraão Vicente, a cultura, a inclusão social, o acesso de famílias mais vulneráveis e a massificação da arte são as bandeiras deste programa que desde 2017 tem colocado "um outro sorriso e vontade no rosto das crianças em Cabo Verde", de Santo Antão à Brava.
Na Praia serão investidos mais de oito mil contos beneficiando 608 meninas e 550 meninos de vários bairros.
“Estou orgulhoso do percurso destas escolas e dos alunos que não desistiram deste programa. É um programa transformador e a cada ano que assinamos os contratos acredito que tocamos mais crianças a aprenderem algum tipo de arte, mais comunidades para envolverem-se em projectos deste género e mais professores que se sintam motivados e possam criar ou oficializar as suas escolas”, afirma.
No final da cerimónia, o governante aproveitou para felicitar a equipa por trás do programa Bolsa de Acesso à Cultura, liderada pela coordenadora Indira Monteiro Lima, pela dedicação a estes trabalhos, escolas e monitoras pelo trabalho, paciência e dedicação com as crianças, adolescentes e jovens.
O acto de assinatura foi rubricado pela coordenadora do BA-Cultura, Indira Monteiro Lima e os representantes de cada uma das escolas/associações/ONG's seleccionadas da cidade da Praia. Ao todo, são 31 escolas/associações/ONG 's, correspondente a 1158 alunos bolseiros incluídos no programa de financiamento da Bolsa de Acesso à Cultura (BA-Cultura) para o ano económico 2022.
O BA- Cultura 2022 vai contemplar um total de 83 escolas/associações/ONGs seleccionadas em todo o território nacional. Este ano ficaram de fora desta selecção os municípios do Paul e Ribeira Grande (Santo Antão) e, ainda, Ribeira Grande de Santiago e São Salvador do Mundo (Santiago), por não terem enviado nenhuma candidatura.
De recordar que o Governo de Cabo Verde, através do Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas, tem trabalhado de forma a garantir que a população com menos recurso faça parte da "fruição da arte" no país através do programa Bolsa de Acesso à Cultura (BA-Cultura), em marcha desde 2017.
O programa tem como base o financiamento das propinas dos alunos com baixo poder económico, para a frequência de aulas de arte, desde atelier e workshops de pintura, dança,música e teatro e, também, dar sustentabilidade às pequenas escolas de ensino artístico.