​Campo de Concentração do Tarrafal acolhe actividades alusivas aos 50 anos de 25 de Abril e 50 anos do seu encerramento

PorDulcina Mendes,8 mai 2024 10:38

O Campo de Concentração de Tarrafal, ilha de Santiago, acolhe de 8 a 10 de deste mês, as actividades alusivas aos 50 anos do 25 de Abril e do Encerramento do Campo de Concentração do Tarrafal sob o lema "Liberdade em Memória".

As actividades arrancam com a inauguração do Auditório e da Biblioteca de Livros Proibidos, uma edição especial com livros que foram proibidos durante aquele período, bem como a abertura da feira do livro.

O Primeiro-Ministro, José Ulisses Correia e Silva, presidirá à inauguração do Auditório e da Biblioteca de Títulos Proibidos.

Segundo uma nota enviada, a Biblioteca de Títulos Proibidos irá albergar uma selecção especial de 30 livros anteriormente proibidos, bem como outras obras de literatura e história, representando um recurso valioso para a educação e a memória histórica.

Nos dias 09 e 10 de Maio, o Campo de Concentração acolhe o Simpósio Internacional “Memórias e Diálogos de Resistência do Tarrafal de Santiago”. O momento contará, ainda, com a presença de ex-presos políticos do Campo de Concentração.

No dia 10 de Maio, para além do Simpósio o Campo de Concentração de Tarrafal recebe o Festival de Resistência – Do Eco à Música com vozes como Batchart, Yacine Rosa, Princezito e Batucadeiras, Fattú Djakité, Susete e Venancinho e Ary Kueka.

As comemorações do 50º aniversário do encerramento do Campo de Tarrafal contam com a colaboração de várias entidades portuguesas, incluindo a Comissão dos 50 anos do 25 de Abril e o Instituto Camões, além das Embaixadas de Angola e da Guiné-Bissau, que facilitam a ligação com os Ministérios da Cultura e instituições afins nesses países.

O evento marca a lembrança do 25 de Abril de 1974, que culminou com o fechamento do Campo de Concentração de Tarrafal a 1 de Maio de 1974. Este momento histórico é recordado num evento que une quatro nações: Cabo Verde, Portugal, Angola e Guiné-Bissau.

De lembrar que o Campo, oficialmente designado como Colónia Penal de Cabo Verde entre 1936 e 1956, acolheu opositores do regime salazarista.

Na sua segunda fase, de 1962 a 1974, sob a designação de Campo de Trabalho de Chão Bom, o local recebeu militantes das lutas de libertação das então colónias portuguesas.

Ao longo das duas fases sob domínio português, passaram pelo Campo mais de 600 prisioneiros, incluindo 340 portugueses, 206 angolanos, 100 guineenses e 20 cabo-verdianos.

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Autoria:Dulcina Mendes,8 mai 2024 10:38

Editado porSara Almeida  em  8 mai 2024 10:45

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