Edição 1030

PorExpresso das Ilhas,25 ago 2021 0:02

Com a Cidade da Praia a viver mais uma onda de violência e criminalidade, como o próprio governo já reconheceu, o destaque da edição desta semana vai precisamente para este tema.

A manchete é feita por um conjunto de artigos sobe o tema da violência e segurança. A começar por uma entrevista a José Rebelo, Investigador Académico na área de Segurança Interna, que ajuda a perceber as múltiplas facetas da criminalidade. Rebelo começa por questionar se estamos, de facto, perante uma nova onda de criminalidade, ou se pelo contrário, não se trata de um fenómeno que tem vindo a crescer desde 1996, quando a Polícia Nacional passou a divulgar dados mais concretos sobre a criminalidade. Para fazer face à violência e criminalidade no país José Rebelo recomenda aos serviços de segurança uma leitura da mobilidade criminal no tempo para poderem antecipar os seus efeitos e ir directamente aos grupos de risco, a par de medidas de prevenção primária e adopção de políticas mais assertivas de inclusão e reinserção social.

Recordamos ainda os dois homicídios que abalaram a capital nos últimos dias, que se juntam a vários relatos e registos de outros crimes, e que deixaram a sociedade em choque. O governo promete operações especiais nos próximos dias, e garante que o esforço pela segurança é constante, mas os recentes acontecimentos mostram que houve falhas, de um ponto de vista geral, na prevenção da escalada de violência.

Uma classe que está muito exposta à violência, e muitas vezes é esquecida neste quesito, são os taxistas. Estes estão com medo de trabalhar devido ao aumento de assaltos, de acordo com a Associação Taxistas de Praia. Os profissionais da área ouvidos pelo Expresso das Ilhas relatam que os assaltantes, muitas vezes armados, levam dinheiro, telemóveis e ainda os agridem. Realizam, na próxima sexta-feira, 27, uma manifestação pacífica a partir das 9h00, com partida no largo de Quebra Canela.

Mudando de tema, algo mais leve: o Stand-up Comedy. Este é um tipo de espectáculo de humor que tem vindo a ganhar espaço em Cabo Verde, particularmente na Praia e São Vicente. Surgiu inicialmente, da insistência de algumas pessoas, com o jeito para a coisa, nesta arte de fazer as pessoas darem gargalhadas. E para saber como é apareceu e evolui este tipo de evento no país, o Expresso das Ilhas esteve em conversa com os humoristas Enrique Alhinho e Ricardo Fidalgo.

Destaque para a criação de abelhas no interior de Santiago. As abelhas destacam-se por disseminar o pólen e fertilizar vários tipos de flora selvagem, bem como culturas agrícolas essenciais, como o tomate, o mirtilo e a abóbora. No entanto, encontram-se ameaçadas pelo calor extremo e outros factores. Foi pensando na sua preservação, que nos últimos quatro anos, o activista ambiental, João Gomes, vem apostando na apicultura.

Destaque ainda para uma nova medida contra a covid: A partir de agora, os funcionários públicos e privados que efectuam o atendimento público ou que tenham contacto directo com o mesmo, vão passar a ser obrigados a apresentar um teste negativo à COVID-19 a cada 14 dias ou um certificado de vacinação. A medida, que entrou esta terça-feira em vigor, tem natureza provisória.

Uma notícia que marcou também a semana tem a ver Direitos Especiais de Saque (DES). Este Instrumento do FMI existe desde 1969, foi usado quatro vezes antes deste ano e em 2021 atribui a maior quantia de sempre, cerca de 650 mil milhões de dólares. A alocação de Direitos Especiais de Saque (DES) é uma forma de complementar as poupanças dos países membros do Fundo Monetário Internacional, permitindo-lhes reduzir, de forma mais barata, a dependência das dívidas internas ou externas para construir reservas cambiais. Cabo Verde vai receber mais de 3 milhões de contos do FMI.

Chamada na cultura para a vida efémera dos Prémios literários em Cabo Verde. Nos últimos anos têm surgido alguns prémios literários em Cabo Verde, por iniciativa institucional pública ou mesmo privada. No entanto, muito desses prémios não têm tido continuidade e desaparecem depois de duas ou três edições. Segundo o presidente do Júri do prémio literário Arnaldo França, Manuel Brito-Semedo, isso deve-se à falta de políticas públicas no domínio do livro e das edições.

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Autoria:Expresso das Ilhas,25 ago 2021 0:02

Editado porSara Almeida  em  25 ago 2021 16:58

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