Descoberto o buraco negro mais maciço da Via Láctea

PorExpresso das Ilhas,21 abr 2024 10:33

O BH3 é o buraco negro estelar mais maciço até agora encontrado na Via Láctea e revelou-se aos investigadores através do poderoso puxão que exerce sobre uma estrela companheira que orbita o objecto na constelação de Aquila, a Águia.

Uma equipa internacional de astrónomos descobriu um enorme buraco negro, que se formou na sequência da explosão de uma estrela a apenas 2.000 anos-luz da Terra, anunciou esta terça-feira o Observatório Europeu do Sul (ESO).

Com uma massa 33 vezes superior à do Sol, o buraco negro, a que foi dado o nome de BH3, é o mais denso até agora encontrado na Via Láctea.

O enorme buraco negro, corpo denso de cuja gravidade nada escapa, nem mesmo a luz, foi detectado em dados da missão Gaia da Agência Espacial Europeia (ESA) através de um movimento de “oscilação” estranho que impõe à estrela que o orbita, refere o ESO em comunicado.

A descoberta fortuita é tão importante, escreve o zap.aeiou.pt, que os cientistas divulgaram os pormenores do objecto mais cedo do que o previsto, para permitir que outros astrónomos realizem mais observações o mais rapidamente possível, diz o jornal britânico The Guardian. “É uma surpresa total”, disse o astrónomo Pasquale Panuzzo, membro da colaboração Gaia no Observatório de Paris. “É o buraco negro de origem estelar mais maciço da nossa galáxia e o segundo mais próximo descoberto até agora”.

“Este é o tipo de descoberta que se faz uma vez na vida“, acrescenta o investigador, citado pelo Phys.org.

Embora o BH3 seja mais maciço do que outros buracos negros estelares da Via Láctea, é semelhante a alguns dos revelados pelas ondas gravitacionais, ou ondulações no espaço-tempo, que são geradas quando os buracos negros colidem em galáxias distantes.

“Só tínhamos visto buracos negros desta massa com ondas gravitacionais em galáxias distantes”, disse Panuzzo. “Isto faz a ligação entre os buracos negros estelares que vemos na nossa galáxia e as descobertas de ondas gravitacionais.”

Texto originalmente publicado na edição impressa do Expresso das Ilhas nº 1168 de 17 de Abril de 2024.

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Autoria:Expresso das Ilhas,21 abr 2024 10:33

Editado pormaria Fortes  em  5 mai 2024 23:28

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