Os oposicionistas já adiantaram que "não esperam grande coisa" da mediação internacional em curso.
"O governo guinéu indicou que 21 pessoas foram mortas desde o passado dia 19 de Outubro na violência pós-eleitoral, entre as quais agentes da polícia", declarou o apresentador do jornal das 20.30 da televisão nacional RTG.
As autoridades tinham até então mencionado uma dezena de mortos, ao passo que a oposição mencionava pelo menos 27 mortos.
O ambiente em Conacri, na segunda-feira, permanecia tenso, mesmo depois de o apelo à realização de manifestações contra um terceiro mandato de Alpha Condé feito pela Frente Nacinal para a Defesa da Constituição (FNDC) ter tido pouca adesão, devido ao receio que os eventuais participantes tiveram pela sua segurança.
Os emissários da ONU, da União Africana e da Comunidade dos Estados da África Ocidental, chegados no domingo, prosseguiram os contactos com vários ministros, a comissão eleitoral e o corpo diplomático.
Também se dirigiram, ao final do dia, ao domicílio do chefe da oposição, Cellou Dalein Diallo, que se tinha declarado vitorioso do escrutínio de domingo.
Uma conferência de imprensa da delegação prevista para ontem à noite, foi adiada para a manhã de hoje.
Segundo a Amnistia Internacional, as forças de segurança desde há uma semana que fazem um uso excessivo da força, disparando contra manifestantes com balas reais.
Diallo está creditado com 33,5% dos votos, segundo os resultados provisórios anunciados, no sábado, pela comissão eleitoral (CENI), contra 59,5% o presidente cessante, Alpha Condé.
O chefe da oposição confirmou na segunda-feira a intenção de apresentar um recurso contra estes resultados, afectados, assegurou, por fraudes massivas, perante o Tribunal Constitucional, mas sem alimentar ilusões.