António Pedro Melo diz que foi feito um estudo bio-comportamental que mostra que mostra que a situação de pessoas com deficiência é muito complicada.
"Sero-prevalência nas pessoas com deficiência é de 12,3%, e nas pessoas que não tem deficiência é de 0,6%. O número de pessoas com deficiência que atingiram o ensino superior é de 0,6%", exemplifica.
"Podem ver que as pessoas com deficiência vivem numa situação de miserabilidade e é isto que queremos reverter, não só a nível de saúde com também a nível de educação, de emprego, e de tudo aquilo a que temos direito, porque de facto temos direitos iguais, mas é preciso efectivar", explica.
O caderno reivindicativo foi elaborado pela plataforma “HIV e Deficiência”, em conjunto com a Federação, e aborda quatro pontos.
"Primeiro ponto é ratificação do protocolo facultativo à convenção internacional de direitos de pessoas com deficiência, é a rectificação da convenção 159 de OIT, e é uma política clara do governo em relação à inclusão de pessoas com deficiência, e também a efectivação de leis que dão o direito a pessoas com deficiência a ter uma vida condigna", avança.
António Pedro Melo refere que o caderno foi criado no âmbito de um projecto regional que está a ser implementado em seis países da África Ocidental, nomeadamente Senegal, Guiné-Bissau, Cabo Verde, Mali, Burkina Faso e Níger.