Ulisses Correia e Silva falava à imprensa no âmbito da sua visita à região Santiago Norte, onde percorreu vários campos agrícolas nos municípios de Santa Cruz, São Lourenço dos Órgãos, São Salvador do Mundo, Santa Catarina e Tarrafal, acompanhado do ministro da Agricultura e Ambiente, Gilberto Silva.
Conforme notou, as chuvas caídas nos últimos dias no arquipélago são sinais de “boa esperança” para a agricultura, para a pecuária, e que água subterrânea vai estar em maior quantidade após praticamente quatro anos de seca no país.
“É uma bênção termos um país verde, não só aqui em Santiago, mas as outras ilhas também estão na mesma situação e a perspectiva é de um bom ano agrícola, entre o razoável e bom”, congratulou-se o chefe do Governo, que, no entanto, reconheceu que a situação não é igual em todas as regiões do país.
Entretanto, Ulisses Correia e Silva considerou que este ano é “muito melhor” do que aquilo que foram últimos anos, referindo-se aos praticamente quatro anos de seca severa no arquipélago.
Daí, disse acreditar que o ano agrícola em perspectiva vai compensar os vários anos de dificuldades que a população, sobretudo os agricultores e criadores de gado, passaram.
“Vai haver um bom ano agrícola até porque os técnicos já fizeram uma avaliação e nos lugares onde não for bom ano vai ser um ano razoável, o que quer dizer que terá produção, pasto e água”, vincou o primeiro-ministro.
Na ocasião, Correia e Silva adiantou que o plano de mitigação vai ser apenas para as situações muito pontuais e lá onde se justificar, tendo assegurado que o mesmo não vai ser com a amplitude dos períodos de seca.
Conforme informações avançadas, o Governo alocou para a campanha agrícola 2022/2023, mais de 64 mil contos, através do orçamento do Ministério da Agricultura e Ambiente (MAA), tendo neste sentido, disponibilizado, por meio das suas delegações nos municípios e do Instituto Nacional de Investigação e Desenvolvimento Agrário (INIDA), sita em São Jorge dos Órgãos, um total de 114.404 em plantas florestais e fruteiras.
Foram ainda disponibilizadas 300.000 estacas de batata doce e 2.000 de mandioca, 19 toneladas de feijões importadas para a campanha de sequeiro, tendo igualmente apostado numa luta integrada contra as pragas através do lançamento de inimigos naturais e produtos biológicos amigos do ambiente.