Em conferência de imprensa conjunta com alguns pescadores artesanais, o ambientalista alertou para as consequências desta prática.
“Queríamos, todos juntos, rogar às autoridades competentes que se dignem a exercerem os seus papéis na fiscalização costeira, uma vez que a pesca ilegal com o uso de redes de malha, caça submarina com recursos a garrafas de mergulho e mesmo caça submarina desregrada estão a limpar por completo as nossas zonas costeiras, deixando sem sustento os pescadores artesanais que utilizam linha e anzol”, diz.
O dirigente associativo lamenta aquilo que classifica de inoperância das autoridades para combater a pesca ilegal nas zonas costeiras.
“As autoridades escudam-se da falta de meios, porém, ontem aqui na Galé, enquanto decorria a reunião de sei lá o quê para os nossos mares, uma enorme rede de malha, acompanhada de vários mergulhadores varria os baixios. Existe é uma falta de empenho e vontade, pois mesmo com os poucos recursos muito se podia fazer”, garante.
Fernando Monteiro, pescador há 30 anos em Santo Antão, afirma que os pescadores artesanais sentem-se abandonados pelas autoridades
“Quando um pescador chega, já lá está há uma semana, e vem um outro e em dois dias carrega e vai embora, nós é que ficamos com problemas. Tenho procurado apoio no INDP, Capitania, direcção geral das Pescas e até já mandei instalar uma câmera no meu bote para captar tudo o que é feito naquela zona”, refere.
Para Fernando Monteiro, a pesca artesanal está a morrer devido à exploração exagerada de recursos nas zonas costeiras.