Banco Mundial recomenda aposta na educação e saúde das crianças

PorExpresso das Ilhas,11 out 2018 16:35

Relatório elaborado pelo Banco Mundial denuncia falta de investimento na saúde e educação de crianças e recomenda uma maior aposta nestes sectores alegando que “pode alavancar significativamente os ganhos das pessoas - e dos países - com retornos no futuro”.

O Índice de Capital Humano (ICH), é divulgado durante as reuniões anuais do Banco Mundial e do FMI, e este ano mostra que 56% das crianças nascidas hoje em todo o mundo irão perder mais da metade dos seus ganhos potenciais na vida porque os governos, actualmente, não estão a fazer investimentos efectivos no seu povo para assegurar uma população saudável, educada e resiliente, pronta para os postos de trabalho do futuro.

Segundo o documento, o “capital humano (conhecimento, habilidades e saúde que as pessoas acumulam ao longo de suas vidas) tem sido um factor fundamental por trás do crescimento económico sustentável e das taxas de redução de pobreza de muitos países no século XX, especialmente no leste asiático”.

“Para as pessoas mais pobres, o capital humano é, frequentemente, o único capital que possuem”, afirmou o presidente do Banco Mundial Jim Yong Kim. “O capital humano é o factor fundamental para crescimento económico sustentável e inclusivo, mas os investimentos em saúde e educação não têm recebido a atenção que merecem. Esse índice cria uma linha directa entre a melhoria dos resultados em saúde e educação, produtividade e crescimento económico. Espero que isso leve os países a tomar medidas urgentes e investir mais - e mais efectivamente - em sua população”.

“O padrão está a elevar-se para todos,” acrescentou Kim. “Construir o capital humano é fundamental para que todos os países de todos os níveis de renda possam competir na economia do futuro.”

O Índice de Capital Humano mede a quantidade de capital humano que uma criança nascida hoje pode esperar atingir aos 18 anos, dados os riscos de saúde e educação deficientes que prevalecem no país onde ele ou ela vive. O índice mede a distância de cada país até á fronteira da educação completa e saúde total para uma criança nascida hoje. A medida inclui: Sobrevivência – as crianças nascidas hoje irão sobreviver até à idade escolar? escola – qual será a escolaridade que elas concluirão e quanto irão aprender? Saúde – deixarão a escola com boa saúde, prontas para as próximas aprendizagens e/ou para o trabalho como adultas?

O ICH reflecte a produtividade de uma criança nascida hoje como trabalhador do futuro, comparada com o que seria se ele ou ela tivesse saúde total e educação completa e de alta qualidade, em uma escala de zero a um, com 1 sendo a melhor pontuação possível. Um país que fizer 0,5 pontos, por exemplo, significa que os indivíduos (e o país como um todo) estão na metade de seu potencial económico futuro. Calculado por 50 anos, isso traduz-se em profundas perdas económicas: 1,4% de perdas anuais em crescimento do PIB.

O índice classifica onde cada país está agora em termos de produtividade dos trabalhadores da próxima geração. Em países como Azerbaijão, Equador, México e Tailândia, crianças nascidas hoje seriam 40% mais produtivas como trabalhadoras no futuro se desfrutassem de educação completa e saúde total. Em países como Marrocos, El Salvador, Tunísia e Quénia, 50% mais.

Dados separados por sexo estão disponíveis para 126 dos 157 países do índice. Para este subconjunto de países, o capital humano, tanto de meninos quanto de meninas, ainda está longe da fronteira do potencial de acumulação de capital humano. Na maioria dos países, a distância entre o capital humano de meninos e meninas da fronteira é maior do que a distância entre meninos e meninas.

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Autoria:Expresso das Ilhas,11 out 2018 16:35

Editado porNuno Andrade Ferreira  em  12 out 2018 10:23

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