A reunião de emergência, que irá decorrer à porta fechada, foi adicionada à agenda deste órgão máximo da ONU (por ter a capacidade de fazer aprovar resoluções com carácter vinculativo) por iniciativa do Peru, país que assegura este mês a presidência do Conselho, precisaram as mesmas fontes.
O ataque aéreo que atingiu na terça-feira à noite o centro para migrantes em Tajoura, nos arredores da capital líbia, matou pelo menos 44 pessoas e feriu mais de 130, segundo um novo balanço divulgado hoje pela ONU.
O enviado da ONU à Líbia, Ghassan Salame, declarou que este ataque aéreo pode constituir um "crime de guerra", pedindo à comunidade internacional para o condenar.
Nas últimas horas, novas informações sobre o ataque têm circulado na Internet e têm sido divulgadas pelas agências internacionais. As condenações da comunidade internacional também se multiplicaram.
A ONU, o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR), a Organização Internacional para as Migrações (OIM), a Médicos sem Fronteiras (MSF), a União Europeia, a União Africana e países como Portugal, França e Itália condenaram o ataque e exigiram uma investigação independente.
Em Abril, as forças lideradas pelo marechal Khalifa Haftar, o homem forte da facção que controla o leste da Líbia e que disputa o poder político líbio, lançaram uma ofensiva contra Tripoli, onde está o Governo de Acordo Nacional, estabelecido em 2015 e reconhecido pela comunidade internacional (incluindo pelas Nações Unidas).