O encerramento das fronteiras será, segundo apurou o Expresso das Ilhas, um dos temas a ser discutido hoje na reunião entre o Primeiro-ministro e os ministros da Saúde, da Presidência do Conselho de Ministros, das Relações Exteriores, da Justiça, e das Infraestruturas e Economia Marítima.
Segundo o comunicado enviado à comunicação social, este encontro vai reunir os Ministros da Saúde, da Presidência do Conselho de Ministros, das Relações Exteriores, da Justiça, e das Infraestruturas e Economia Marítima e terá como objectivo "fazer uma avaliação aprofundada da execução das medidas preventivas tomadas desde o início da epidemia, visando o reforço das mesmas".
Segundo os últimos dados da OMS já morreram 1229 pessoas devido ao surto de ébola na África Ocidental, e o número de pessoas infectadas conhecidas é de 2240, o que confirma a mortalidade de cerca de 50%, segundo o mais recente balanço feito pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Mas, conforme a mesma organização, há cerca de um milhão de pessoas de quarentena na Guiné-Conacri, Libéria e Serra Leoa que é preciso alimentar. A OMS diz estar a trabalhar com o Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas para canalizar alimentos para todas estas pessoas, que vivem em aldeias que foram fechadas para tentar conter o vírus – um método que poderá parecer primitivo mas é o mais eficaz para conter uma infecção para a qual não existe outro tratamento disponível.
“Garantir o fornecimento regular de alimentos é um argumento poderoso para limitar os movimentos da população”, explica a OMS em comunicado. As áreas de quarentena incluem cidades seriamente afectadas como Gueckedou na Guiné-Conacri, Kenema e Kailahun na Serra Leoa e Foya na Libéria.
A Nigéria, o país mais populoso de África, parece estar a conseguir conter o surto, mas a Serra Leoa e a Libéria estão a ter grandes dificuldades. Foi na Libéria, aliás, que houve mais mortes entre 14 e 16 de Agosto – 53 mortos e 48 novos casos (num total de 834 casos e 466 mortos).