Jacinto Fernandes conta que vão trabalhar em torno de desafios identitários culturais que têm notado. “Estamos a trabalhar com outras entidades ou organizações como a produtora Insulada, por exemplo, para nos ajudar a levar este projecto para frente. É um projecto acima de tudo de colaboração”.
Para Fernandes, o que torna este movimento interessante são as diferentes experiências que todos vão trazer, “tanto Calú di Guida como eu, somos dois empresários independentes, sendo Calú di Guida na área de seguros e investimentos e eu na área de consultoria de negócios e plano estratégico de desenvolvimento”.
“Maruca Tavares está na área da saúde mental, Djinho Barbosa na área académica e Djoy Amado é especializado na área de gerência de projectos. Todos temos experiência diferente, mas com necessidade de fazer algo com impacto”, assegura.
Conforme frisou, há projectos, para além de entrevistas que estão a criar como parte de conteúdo. “Temos uma rádio que funciona 24 horas por dia e sete dias por semana online que é Tereru Music, através da nossa página de Facebook, qualquer membro de audiência pode ter acesso a ela”.
A ideia do grupo é aproveitar-se da experiência de cada um e fazer algo para o país, que beneficie os mais necessitados. “No futuro vamos lançar algo em torno da saúde mental, que até um certo ponto é um tabu dentro da nossa sociedade, mas vamos encarar de cara e, utilizando a experiência de Maruca Tavares, avançar esse lado”, indica.
Música
Em Maio deste ano, o grupo lançou um EP (Extended Play) intitulado “TestaSon”, em homenagem ao músico Kaká Barbosa, que conta com quatro temas, como “Sakuta”, “Finata”, “Kauberdiano” e “Lunatikus”.
“Este trabalho é só um pontapé de saída daquilo que temos na forja. O nosso trabalho não vai centrar-se 100 % em torno da música, mas sim a música será um veículo para adiantar aquilo que queremos fazer”, explica Jacinto Fernandes.
De acordo com Jacinto Fernandes, “TestaSon” é testação de tudo aquilo que fazem. “Somos um colectivo de amigos que partilha muitas visões em comum. Então criamos esse movimento Terreru Music, que ultrapassa a dimensão de fazer e ouvir música, e que utiliza a música e a arte em geral como forma de informar, educar para poder empoderar a nossa audiência”.
“Fazemos a música com propósito, não só de divertir mas sim para ter impacto, em diversas temáticas que no grupo achamos que merece a nossa atenção”, frisa.
Conforme Jacinto Fernandes, este EP não é um projecto de afinco comercial. “Temos uma outra forma de aproximação para ele. O que gostaríamos de fazer é convidar a audiência, através da plataforma digital para ter acesso a ele, pelo menos para termos uma ideia à primeira vista e a nossa esperança é que vamos encontrar uma forma de engajamento, de conectar e ver como audiência pode participar”.
No entanto, avisa, este EP está disponível para aquisição. “Mas não é uma venda, não queremos atribuir-lhe um preço, queremos que quem está nesta área se consciencialize faça uma contribuição neste sentido, através de um website que será lançado”.