O ministro dos Assuntos Parlamentares, Rui Semedo, enalteceu hoje o trabalho deixado pelo artista de música popular cabo-verdiana, Sema Lopi, que faleceu no passado dia 18, e exortou a que a sociedade se “curve” perante o seu legado.
Rui Semedo falava em representação do primeiro-ministro, José Maria Neves, na cerimónia fúnebre de Sema Lopi que decorreu hoje na Câmara Municipal de Santa Cruz, perante os familiares, amigos, músicos, deputados municipais e nacionais, entre outras personalidades.
“O povo de Cabo Verde deve curvar-se a seus pés por causa do seu legado e é preciso engrandecer a sua obra que foi apresentada em vários palcos nacionais e internacionais”, frisou.
Para Rui Semedo, “o momento é de tristeza”, visto que Sema Lopi soube expressar o que o povo cabo-verdiano sentia e não sabia dizer.
“Tal como Eugénio Tavares, B.Leza, Cesária Évora, Manel de Novas, Nácia Gomi, Catchas, Orlando Pantera, Codé de Dona, Sema Lopi veio para este mundo para engrandecer Cabo Verde e os cabo-verdianos e conseguiu deixar-nos essa riqueza que o torna um homem imortal”, considerou.
Sema Lopi, de seu nome de baptismo Simão Tavares Lopes, faleceu no Hospital Agostinho Neto da Praia aos 72 anos, vítima de doença prolongada.
Era executante do funaná, uma das músicas tradicionais de Cabo Verde. Natural de Santa Cruz, interior da ilha de Santiago, foi autor de várias composições musicais, entre as quais “Oi Sema Lopi, corpo de Tchon alma de Cristo”.
No passado mês de Maio, Sema Lopi, que nasceu a 28 de Março de 1941, foi homenageado pela Câmara Municipal de Santa Cruz, num acto que contou com a presença do ministro da Cultura, Mário Lúcio.