A companhia de dança Raiz di Polon foi fundada em Cabo Verde, em 1991. Actualmente é um dos grupos mais marcante na dança contemporânea cabo-verdiana.
Através do projecto e espectáculo “Dançar Cabo Verde” de Clara Andermatt e Paulo Ribeiro, em 1994, o grupo entrou em contacto com a dança contemporânea europeia.
Alguns dos bailarinos da companhia continuaram a dançar nas peças cabo-verdianas de Clara Andermatt, e Raiz di Polon começou a organizar workshops e aulas de dança em Cabo Verde, no âmbito do projecto “Dançar o que é Nosso”.
A partir daí, os membros da companhia embarcaram por um caminho difícil, mas extremamente cativante, na procura de novos rumos para a dança cabo-verdiana.
Em 1997, Raiz di Polon criou a sua primeira peça de dança contemporânea, “Até ao fim”, que foi apresentada em Cabo Verde e Portugal.
Depois, veio “Pêtu”, da autoria de Mano Preto, por encomenda do Festival Danças na Cidade 99, tendo estreado em Lisboa em Novembro de 1999. “CV Matrix 25”, também de Mano Preto, foi a seguinte criação, e em 2001 “Konquista”, ambas com estreias no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.
Em 2002, e a convite de Danças na Cidade, Raiz di Polon cria “Duas sem Três” da autoria de Mário Lúcio e com coreografia de Bety Fernandes e Rosy Timas. Em 2003, o grupo dançou “Ruínas”. Desde então, a companhia já apresentou várias outras peças, no país e no estrangeiro.
Texto originalmente publicado na edição impressa do Expresso das Ilhas nº 739 de 27 de Janeiro de 2015.