Ensino da música em Cabo Verde recorre a método Kodály

PorAdilson Pereira,11 set 2017 15:36

Com o objectivo de desenvolver a literacia musical, o Ministério de Educação, em parceria com a Cesária Évora Academia de Artes e a Cooperação Húngara promoveu hoje, na cidade da Praia, uma acção de formação em Método Kodály. 

 

Kodály é um método Húngaro de educação musical que utiliza técnicas de ensino apelativas e eficazes, com enfoque no canto e na prática coral. O objectivo é desenvolver a literacia musical e valorizar as línguas nacionais junto das camadas estudantis. 

“Eu acredito fortemente no poder da cultura e do ensino para transformar os cabo-verdianos e o povo cabo-verdiano numa nação melhor”, diz o ministro da Cultura e Indústrias Criativas, Abraão Vicente, para quem o ensino artístico deve ocupar os lugares prioritários no sistema de ensino cabo-verdiano.

“Desenvolver a literacia musical e desenvolver as línguas nacionais”. Segundo Abraão Vicente, esta frase “define toda a vocação do ministério da Cultura que é promover a literacia, não apenas musical mas também cultural e salvar a língua cabo-verdiana da marginalização.”

Abraão Vicente mostrou-se honrado pelo facto do acervo musical e histórico vir a ser valorizado através de um método de ensino, pioneiro em Cabo Verde.

O executivo não deixou de saudar também a Cesária Évora Academia de Artes. “Primeiro, valorizar a Cesária Évora, como a nosso grande ícone internacional e a artista que mais cantou Cabo Verde. E cantou todas a músicas relevantes de Cabo Verde”, sublinha a tutela.

A aplicação do método de ensino musical Kodály vai contar com a colaboração de Cristina Brito da Cruz, professora da Escola Superior de Música de Lisboa.

“No caso de Cabo Verde, o desafio é duplo, porque há que passar às crianças uma tradição de música tradicional que é cantada em português e também música tradicional cantada em língua cabo-verdiana”, salienta Cristina Brito da Cruz.

Segundo esta docente, o maior desafio prende-se com disponibilização do material musical. “Aprender as técnicas é uma coisa relativamente fácil mas ter o material para começar é o grande desafio e para isso eu preciso muito da ajuda dos meus colegas daqui em Cabo Verde”, diz Cristina Brito da Cruz.

Uma das mais-valias da formação musical, segundo Cristina Brito da Cruz, é ter autonomia musical. “Se souber ler e escrever música tem uma autonomia diferente para ter compreensão analítica, puder ler a música dos outros”, aponta.

A formação é dirigida aos professores de música de ensino básico e os monitores do pré-escolar.

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Autoria:Adilson Pereira,11 set 2017 15:36

Editado porNuno Andrade Ferreira  em  11 set 2017 15:23

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