Os dois temas foram lançados no mês de Junho e já contam com milhares de visualizações, algo que surpreendeu o jovem artista por ser pouco conhecido no meio artístico.
Nasceu no Mindelo, terra de Cesária Évora, em 1998. O jovem de 19 anos, cheio de talento, uma “vibe” contagiante e que surge na música, um mundo onde não era suposto estar, mas que procurou desde pequeno escondido da família.
Andro Pozo, produtor e ex- Buraka Som Sistema gostou do estilo do jovem “um feeling” entre a vibe de um Chris Brown e um cantor romântico e da força e da alma que Edwin trazia para as maquetes que iam gravando.
Este é apenas o começo de um projecto de um cantor e compositor que trilha novas sonoridades, entre o RnB, o Trap e a Pop, com uma “vibe” única e seguro das suas raízes crioulas.
Edwin encontra a sua sonoridade num mundo em que nada é nosso e tudo é partilhado.
Quando é que começaste na música?
Desde muito pequeno que surgiu o meu interesse pela música e comecei a fazer música quando conheci o meu produtor musical em Portugal, que é ex-Buraka Som Sistema, Andro Pozo (Condutor).
Conheceste o Condutor e começaste a interessar-te mais para a música. Em que circunstãncia conhecestes o Condutor?
Tinha os meus planos para gravar, ainda em Cabo Verde. O Kiddye Bonz dizia-me que tinha talento para fazer boas músicas e quando fui para Portugal conheci Condutor, através do meu pai e do meu primo.
Conhecendo o Condutor acabaste por conhecer o trabalho instrumental dele e foi ele que fez a produção do teu trabalho?
Sim, ele fez a produção de todo o instrumental e fez também a direcção musical.
Quando é que começou o teu projecto?
Este projecto começou há quase um ano.
Pensas lançar mais música ou álbum?
Neste momento estamos com duas músicas para serem lançadas. Uma delas é “Vibes” e o outro ainda não tem nome. Quero que as pessoas conheçam mais esses dois temas que já estão no mercado.
Como é que tem sido o feedback das pessoas em relação às tuas músicas?
Por acaso tenho recebido bom feedback, muitas pessoas estão a gostar desses dois temas que já estão no mercado “Kriola D` Meu” e “Fly Away”. Não estava à espera de um feedback tão bom assim, sabia que as músicas têm qualidade mas não estava à espera, porque ainda muitas pessoas não me conhecem.
Privilegias só um estilo musical?
Não quero ficar preso a um estilo só, estou mais para Rnb e Trap. Desde os 12 anos que estou fora de Cabo Verde, já estive na Inglaterra e foi lá que fui buscar muitos dos meus “vibes”. Usamos vários tipos de sonoridades e exploramos também sonoridades novas.
Na tua opinião, como é que está a música de Cabo Verde neste momento?
Acho que está num bom caminho, temos cada vez mais pessoas a lançar os seus trabalhos no mercado.
Texto originalmente publicado na edição impressa do Expresso das Ilhas nº 867 de 11 de Julho de 2018.