Ao todo serão 23 espectáculos, incluindo as peças infantis e narração de histórias. A diversidade da programação espelha-se não apenas na origem dos grupos - Angola, Brasil, Cabo Verde, Cuba, Espanha, Guiné-Bissau e Portugal – mas também nas características dos mesmos e dos espectáculos a serem apresentados:
Há grupos mais antigos e experientes, como por exemplo OTACA que traz de Santa Catarina a peça “Txon di Morgado”, ou os Chão de Oliva que chegam de Portugal para apresentar uma recriação da tradicional lenda “Sopa de Pedra”. E há-os também mais recentes, caso do Projecto Chiquinho - criado pela encenadora Sara Estrela com actores de São Nicolau - e o projecto Frederico Garcia Lorca que representa Espanha no evento. Desses grupos há para ver as peças “Como Quem Ouve Uma Melodia Muito Triste” e “Viagem de Lua e Areia”, respectivamente. Duas criações ligadas a dois escritores emblemáticos de Cabo Verde e Espanha, já que a primeira é uma adaptação de “Chiquinho” de Baltasar Lopes da Silva e a segunda inspira-se na vida e obra de Garcia Lorca.
Outro aspecto a ressaltar preende-se com a composição dos grupos que irão pelos três palcos principais do Tearti 2018. Há solos, como o monólogo de Lilian Prado que do Brasil traz “Epifania” (um texto inspirado em Clarice Lispector) e a dança-teatro Kodé di Dona, numa interpretação de Mano Preto que teve a sua estreia em Junho último e impressionou pelo cenário e figurinos. Com elencos mais extensos apresentam-se as trupes da Guiné-Bissau e de Santo Antão. Cabaz di Terra encena “Curandeiro” e mostra um pouco das crendices populares do país irmão enquanto Juventude em Marcha aposta no humor de “Canjana”.
Na abertura do festival, a acontecer ao cair da noite de hoje no Auditório Nacional, actua a companhia Senexo que da ilha do Fogo traz o espectáculo “Homem, uniku animal ke ri”.
Em baixo a programação completa do festival, com os horários e locais de apresentação de cada espectáculo.