Homero Fonseca regressa com “Mãezinha Querida”

PorDulcina Mendes,2 dez 2018 16:35

​O jornalista que nutre uma grande paixão pela música, acaba de colocar no mercado o seu segundo álbum intitulado “Mãezinha Querida”. Um disco de músicas tradicionais que chega 16 anos depois do lançamento de “Mornas de Santo Antão”.

Formado por dez faixas musicais, este disco traz temas de compositores de renome como Mário Lúcio Sousa, Alberto Alves Neves, Hélio Cruz, Antero Simas, Arlindo Évora do grupo Cordas do Sol, Válter Tavares e Jorge Pedro Barbosa.

“É um trabalho que faz um percurso dentro dos diferentes ritmos e géneros de Cabo Verde desde morna que não poderia faltar, sobretudo tendo em conta que estamos a candidatar para Património Imaterial da Humanidade”, avança.

Além desses géneros, tem também coladeira, mazurca, talaia baixo e colá sanjon. “É um trabalho onde queria ter todos os géneros musicais cabo-verdianos, mas infelizmente não tem nenhum funaná, porque o compositor que contactei não me respondeu a tempo”, explica o artista.

Homero Fonseca conta que este CD é uma dedicatória à sua mãe, porque quando ficamos longe da nossa família crescem as saudades. “Costumo dizer que na vida do cabo-verdiano quando a saudade aperta sai música, foi o que aconteceu”.

Janela Verde, Manel Roskon, Novo Amanhecer, Son Jon de Ti Dulce, Mãezinha Querida, Traição de Noiva Falsa, Regresso, Conflito, Cor de Sodade e Cabo Verde É Primêr são os temas que compõem este disco. Todo o trabalho de masterização e arranjos do disco foram feitos por Kim Alves.

O artista disse que o tema que empresta nome ao disco “Mãezinha Querida”, é o seu primeiro sucesso como artista, pois foi com essa música que ele apresentou no concurso musical Todo Mundo Canta em 1984. “Essa música foi um grande sucesso junto do público, por isso, creio que não podia ter melhor título para este trabalho discográfico”.

A música é uma paixão que vive com ele em paralelo, e sublinha que por razões profissionais não pode ter uma carreira artística. O seu primeiro disco “Mornas de Santo Antão” foi lançado há 16 anos.

Disco tradicional

Para Homero Fonseca fazer um disco tradicional é muito difícil. “E com a crise os patrocinadores usam esse tipo de argumento para não patrocinar os trabalhos musicais, por isso que esse trabalho saiu 16 anos depois do primeiro disco”, indica.

Conforme nos conta há cinco anos que vinha trabalhando neste CD, tinha marcado várias datas para a sua saída mas por razões financeiras esse trabalho atrasava sempre. “Deveria ter saído no verão do ano passado, mas não foi possível e tive que colocar um single ‘Mãezinha Querida’ no mercado, em Dezembro do ano passado”.

E agora já saiu o álbum que acredita ser um bom trabalho e espera que as pessoas gostem. O disco já está disponível nas plataformas digitais e nas lojas, desde o mês passado.

Texto originalmente publicado na edição impressa do expresso das ilhas nº 887 de 28 de novembro de 2018.

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Autoria:Dulcina Mendes,2 dez 2018 16:35

Editado porJorge Montezinho  em  3 dez 2018 8:16

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