“Se os alunos que frequentam o ensino secundário tiverem 'visita aos museus' como parte extra curricular obrigatória, os museus vão passar a ser obrigatoriamente quase parte do sistema de ensino”, observa.
Para o governante não vale a pena termos um Instituto do Património Cultural (IPC) e um Ministério da Cultura que promove a abertura, manutenção, conservação e preservação da nossa cultura, através de projectos museográficos, se não há obrigatoriedade dos alunos conhecer a história.
“Tenho estado a verificar que em muitos debates sobre a identidade e cultura cabo-verdiana, há uma lacuna grave de conhecimento aprofundado e de detalhes sobre a nossa história. É irónico, porque o IPC tem investigadores que tem estado a fazer esse levantamento, há livros de investigações consolidados a cerca dessa matéria”, indica
E sublinhou que mais do que criticar, é um desafio do Estado criar mais instituições vocacionadas para fazer pedagogia e criar e passar conhecimento para as novas gerações.
“Esta visita mostra que estamos preparados para receber famílias, então, aqui tem toda uma pedagogia, e vamos lançar uma forte campanha de publicidade e promoção para que as pessoas possam perceber e ver os museus como parcerias na educação familiar”, assegura.
Sobre o Museu da Tabanka, disse que se não fosse esse encerramento, devido à pandemia da COVID-19, beneficiaria de uma reabilitação profunda, "como deve ser".
Abraão Vicente avançou que há um projeto museográfico muito forte, mas que a sua concretização vai depender do Orçamento Rectificativo.
Por outro lado, disse, com a retoma económica, o foco será no turismo interno, "vamos dar oportunidade de valorizar as instituições da cultura, neste caso do Museu Norberto Tavares e Museu da Tabanka".