Abraão Vicente fez essa afirmação ao presidir a abertura de workshop sobre a Convenção da UNESCO (2005) sobre a Protecção e Promoção da Diversidade das Expressões Culturais.
“Um povo que tenha acesso à educação e à cultura, que tenha acesso à sua identidade de uma maneira sistematizada e com uma narrativa que seja coerente e não populista, é um povo que se afirma de uma forma extraordinariamente visível no âmbito das nações”, realça.
Durante a abertura do workshop, a cargo do Ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Abraão Vicente, enquanto presidente da Comissão Nacional de Cabo Verde para a Unesco lançou, mais uma vez, o apelo aos organismos mundiais responsáveis pelo sector da cultura e indústrias criativas que tenham em foco a necessidade de se operar a vários níveis.
“Enquanto o único acordo internacional que vincula os Estados Partes (151 signatários) à integração da cultura nas suas políticas de desenvolvimento, a Convenção de 2005 está a trabalhar activamente para a realização dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)”, indica.
Este workshop de quatro dias, é destinado a instituições governamentais, bem como a academia e organizações da sociedade civil e tem como objectivo proporcionar aos participantes uma visão geral dos objectivos, temas e conceitos-chave da Convenção, sobre os desafios actuais, dar a conhecer os instrumentos e mecanismos ao abrigo da convenção, bem como, sensibilizar os intervenientes governamentais, academia e organizações da sociedade civil, sobre a Convenção de 2005, os seus princípios orientadores e as suas principais linhas de acção.
“Esta convenção foi ratificada por Cabo Verde em 2021. Uma altura em que o país e o mundo ainda estavam a ressentir os grandes impactos económicos provocados pela pandemia da COVID-19, e que teve efeitos no setor da cultura e das indústrias criativas a nível global, a que Cabo Verde também não ficou de fora. Hoje, os impactos voltam a ser sentidos, em todos os níveis, devido à guerra na Ucrânia”, explica Abraão Vicente.