Conhecido pelo seu carisma e pela forma como interpretava o funaná, este vocalista que se definia como “discípulo de Catchás” (Carlos Alberto Martins), o grande guitarrista e mentor do célebre agrupamento musical Bulimundo, celebrizou-se como Zé Mário Bulimundo, agrupamento musical ao qual emprestou a sua voz ao longo de 36 anos.
Na sua última entrevista à imprensa, publicada na Inforpress no dia 29 de Março, Zé Mário Bulimundo revelou os contornos do seu afastamento dos Bulimundo e da criação do seu novo agrupamento musical “Zé Mário e Banda”, e mostrara-se entusiasmado com o seu novo projecto.
Recordou com muita emoção os anos dourados, desde a altura na qual foi testado por “Catchás” para integrar o agrupamento até ao seu afastamento deste grupo que “idolatrou” o funaná.
Zé Mário deixa quatro álbum gravado, “Êxodo”, 1983 gravado nos EUA, “Compasso Pilon”, 1984 em França, (ambos no reinado de Catchás) e posteriormente “Na kal ki bu ta linha”, 1990 em França/Holanda e “Ta Ndera ca ta kai”, 1998, na Holanda todos com os Bulimundo.
Um dos seus grandes amigos, James do Paiol, retratou à Inforpress toda a sua consternação pela perda “de um grande amigo, com quem partilhava até ao dia do seu internamento, grandes momentos da vida e da carreira deste que se eternizou como Zé Mário Bulimundo”.