O anúncio foi feito esta quinta-feira à tarde em conferência de imprensa, na Cidade da Praia, pelo músico e dinamizador cultural Princezito, que na ocasião lembrou que as duas primeiras edições da Festa do Milho aconteceram há 15 anos, na barragem de Poilão, no Município de São Lourenço dos Órgãos.
Segundo Princezito, a realização deste evento é uma forma de celebrar o milho, a comida, num ano em que a “azágua” foi “bastante razoável” e em que a barragem de Poilão transbordou de água.
“Era uma forma de celebrar o milho, a comida e a azágua . Foi assim que nasceu este festival, sobretudo também o meus disco de nome ´Espiga´foi lançado na zona de Covoada dos Órgãos”, explicou Princezito, justificando que o milho é o símbolo de alimentação mundial , referindo-se à bandeira do Fundo Alimentar Mundial (FAO) e da primeira bandeira de Cabo Verde.
Para esta edição, depois de um interregno de 15 anos, informou que vai haver pratos confeccionados essencialmente à base de milho, designadamente papa, tentenrém, camoca, massa, cufongo, pastel e a simbólica cachupa.
Para além disso, avançou, vai ter bebidas naturais associadas a muita música, a ser tocada num pequeno palco, com artistas que vão cantar somente as músicas tradicionais.
“Vamos ter batuco, funaná, desfiles de tabancas, toque de gaita e ferrinho para demonstrar aos jovens como surgiram o Kotchipó e o funaná”, precisou Princezito, acrescentando que haverá igualmente passagem de mensagens pedagógicas para estimular a protecção das encostas, da orla marítima e a protecção da biodiversidade.
A terceira edição do Festival do Milho conta com a parceria da Câmara Municipal do Tarrafal e da Associação Lantuna.