IPC apresenta Programa de Protecção e Valorização do Património Cultural para horizonte 2024-2026

PorDulcina Mendes,23 fev 2024 14:17

O Instituto do Património Cultural (IPC) apresentou nesta sexta-feira, 23, na Cidade da Praia, o Programa de Protecção e Valorização do Património Cultural no horizonte 2024-2026, que visa agregar novos valores ao património. O programa foi apresentado pela presidente do Instituto do Património Cultural, Ana Samira Baessa e a cerimónia foi presidida pelo Ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Abraão Vicente.

Ana Samira Baessa explicou que se trata de um programa estratégico, abrangente em termos de território e que propõe trazer e agregar novos valores ao património.

“Estamos a olhar para o património como um recurso indispensável de território e tentar trazer perspectivas, para que seja aproveitado neste contexto e possa representar mais valia para desenvolvimento sustentável do país, sobretudo agregando a dois sectores chave: educação e do turismo, pela dinâmica que acrescenta ao contexto econômico do país”, cita.

Para Ana Samira Baessa, este é um programa para ser desenvolvido no horizonte de 2026 e que, de certo modo, propõe consolidar os ganhos alcançados, nos últimos anos, em termos de intervenção do património.

“O nosso objectivo foi trazer um quadro macro de projectos através de um programa estruturante, que retoma todos os ganhos alcançados até agora e proponha uma nova dinâmica, ou seja, o património tem que estar inserido no contexto do desenvolvimento do país”, realça.

Ana Samira Baessa assegurou que um dos objectivos deste programa é estabelecer um certo equilíbrio e representatividade nas intervenções do património. “Quando falo em intervenção, estou a falar, tanto de inventariação, da classificação como da valorização”.

“E da análise que fizemos, por exemplo, há muitas ilhas que estão posicionadas neste momento em nichos turísticos muito interessantes, tanto em termos de pesquisa, mas em termos de oferta, por exemplo, não há bens classificados. Estou a falar, por exemplo, da Boa Vista. Boa Vista é uma das ilhas que não possui bem classificado”, aponta.

Por isso disse que querem trabalhar, para que o Programa de Valorização do Património traga essa perspectiva de equidade e representatividade. “Todas as ilhas, com as suas características, com as suas singularidades, devem fazer parte deste plano de protecção e valorização do património na perspectiva de que representem mais valor para o território”.

A Presidente do IPC indicou que o plano tem seis eixos e que as actividades delineadas para este ano já contam com o financiamento.

O Ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Abraão Vicente garantiu, por seu lado, que o objetivo é valorizar os recursos patrimoniais em todas as ilhas e comunidades. “A implementação do programa traduz-se em novos projectos de reabilitação do património histórico, cultural e religioso, nomeadamente a reabilitação urbana e ambiental da Cidade Velha, Igreja de São Roque, na Boa Vista e o projecto Faróis de Cabo Verde”.

“A criação de novos espaços de memória e representação, novas classificações e representação, novas classificações do património nacional, nomeadamente o batuco, funaná, olaria tradicional, cachupa e pano de terra”, frisa.

Em relação ao património mundial, indicou a tabanca, o Campo de Concentração de Tarrafal e a Paisagem Cultural da Cova, Paul e Ribeira da Torre.

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Autoria:Dulcina Mendes,23 fev 2024 14:17

Editado porAndre Amaral  em  25 fev 2024 8:21

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