Segundo a mesma fonte, o Funaná é considerado como um dos géneros musicais tradicionais genuinamente do interior da ilha de Santiago, provavelmente, do final do século XIX e início do século XX, cuja designação inicialmente fora Fuc-Fuc, Kaminhu di Feru, Bádju di Gaita, Féru Gaita ou até hoje Funaná/Kótxi Pó.
“Reconhecendo que o Funaná é designado pela sua comunidade a alma do povo, ou seja, o símbolo identitário que o vincula à tradição, tanto na sua melodia, poesia ou na dança, como em qualquer outro tipo Património Cultural Imaterial (PCI)”, realça.
E criando, conforme a mesma fonte, um sentimento de pertença comunitária transmitido de geração a geração e analisando a sua estrutura tridimensional – letra, música e dança, - compreender-se-á a carga afetiva e coletiva, configurando-se numa das maiores referências da música tradicional cabo-verdiana, a par do Batuco, Finason, Tabanca, Morna, Coladeira, Colá São João, Talaia Baixo, entre outras.
“Ademais, o Funaná é uma das manifestações culturais que traduz o estilo de vida social e cultural dos cabo-verdianos, particularmente dos camponeses do interior da ilha de Santiago, permitindo a coesão social almejada”, conta.
à mesma fonte indicou que o Governo classifica o Funaná como Património Cultural Imaterial Cabo-verdiano em toda a sua dimensão intangível e simbólica, “bem como a tangível, vinculando os instrumentos, espaços associados a este género musical e todos os suportes de registos de músicas, canto e de dança, físicos ou digitais que contêm elementos relevantes à sua Salvaguarda”.