Segundo o artista, o EP formado por seis faixas musicais, traz ritmos de afrobeat, afropop e amapiano, com influências da música tradicional cabo-verdiana, mas também forte conteúdo político e interventivo.
“Nomes icónicos como Nha Balila, Amílcar Cabral e Martin Luther King são vozes que se somam aos ritmos dançantes numa playlist perfeita para o verão. Além disso, uma grande novidade acompanha o lançamento: novos visualizers produzidos por softwares de Inteligência Artificial”, indica.
O EP "Autofagias" começou a ser construído durante a pandemia de COVID-19, um período de introspecção e transformação para Djam Neguin. A maioria das faixas foram criadas entre 2020 e 2021, reflectindo as novas pautas humanas e artísticas que surgiram nesse período.
"O que está na base de todas as composições é a mudança de perspectiva, novas lentes através das quais procuro agora ver e sentir o mundo ao meu redor. Este processo de renovação se reflecte nas letras e nos ritmos inovadores do EP” frisa o artista.
“Tudo Kussa Muda”, “Badio Branku”, “Bom Feeling”, “Krew Txeu”, “Bensom” e “Mundo Nobu” são os temas que fazem parte deste EP.
Conforme o artista, uma das grandes novidades do EP "Autofagias" é a produção de visuais utilizando Inteligência Artificial. "Faz dois anos que iniciei esta prática investigativa, entendendo que precisamos usar essas ferramentas para produzir nossas próprias narrativas", afirma o artista.
Concertos
A primeira apresentação pública de "Autofagias" será hoje, 26, em França, no dia do lançamento, no Performative Art Fórum.
De seguida, o EP será apresentado em Salvador da Bahia, Brasil, entre os dias 13 e 16 de Agosto. Para Portugal estão previstas apresentações em Outubro, marcando o início de uma tour que se estenderá até 2025.
Já para Cabo Verde, o artista disse que ainda não há previsão de concerto de apresentação.
"Tenho muitos outros projectos em andamento, e agora, mais do que nunca, a música será um lugar de encontro para todas as minhas vertentes artísticas. Portanto, investirei fortemente na componente performativa, estética e audiovisual das minhas apresentações.", conclui Djam Neguin.