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Segundo uma nota enviada, o EP celebra as raízes africanas dos artistas, trazendo histórias profundas de família, emigração e resiliência. “A introdução do EP Voyage Part 1 é uma viagem nostálgica que nos leva ao início da carreira dos Calema”.
“Tudo começou quando Fradique estava na praia e, juntamente com familiares, decidiram chamar António, que se encontrava na roça do avô. Juntos, deslocaram-se para a cidade para participar num festival, no qual não tinham sido oficialmente convidados. No entanto, conseguiram subir ao palco e cantar duas canções”, conta.
A mesma fonte relata que a reacção do público foi tão positiva que os irmãos perceberam que não tinham escolhido a música, mas sim, a música os tinha escolhido.
E que essa ligação familiar está presente no single "Distinu", uma homenagem emotiva ao avô materno dos Calema, conhecido como Nho Toto. “A canção narra a dura trajetória de emigração de Cabo Verde para São Tomé, enfrentando adversidades e procurando um futuro melhor”.
Conforme a mesma fonte, a colaboração com Dino D'Santiago traz uma profundidade emocional e uma relação poderosa com a história de muitas famílias africanas.
O EP contém ainda mais três temas: “Xinguinha”, uma homenagem à avó paterna dos Calema, relembra os tempos de união familiar em torno do prato típico de São Tomé, o calulu; “Alice”, “esta canção conta a história de uma jovem europeia que se apaixona por um local durante as suas férias em São Tomé”.
“Uma canção que explora os desafios dos amores de verão com realidades distintas; e “Diaxi Má Kua Buaru”. Com um título que significa ´o dia que as coisas melhorarem ́ em português, a canção fala sobre um emigrante que deixa a sua terra natal e a sua família em busca de melhores condições”, realça.
Este EP foi criado durante a pandemia, um período de reflexão profunda para os Calema. “As canções expressam a vontade de se relacionarem com as suas raízes e terras natais, destacando a importância da família e os sacrifícios feitos por amor”.
