Mayra com novo disco, na simplicidade da voz e violão

PorExpresso das Ilhas, Lusa,22 set 2024 8:52

Mayra Andrade
Mayra Andrade(Promoção/página de Facebook)

​O novo álbum de Mayra Andrade apresenta as suas composições vestidas apenas com voz e violão, revelando uma cantora comprometida com causas e grata pela multiculturalidade de Lisboa, onde vive, sem deixar de se sentir, ela própria, Cabo Verde.

Nascida em Cuba, pouco antes de vir para Cabo Verde, Mayra Andrade, 39 anos, viveu em muitos países e todos eles contribuíram para as suas composições, que podem ser agora revisitadas no álbum “reEncanto”, que será lançado a 11 de outubro.

O álbum reúne composições da sua autoria, algumas com mais de 20 anos e marcos na sua carreira, como “Manga”. À sua voz, Mayra juntou apenas o violão de Djodje Almeida e o álbum foi gravado ao vivo na Union Chapel, em Londres, durante um dos 40 espetáculos que o par apresentou em vários países.

“Foi interessante. Algumas destas músicas eu escrevi com 18 anos, hoje tenho 39 (…) e apercebi-me que há coisas que eu escrevi, antes mesmo de terem sentido, e hoje em dia consigo perceber essas histórias e vê-las de uma forma muito mais inteira do que quando as escrevi”, disse, em entrevista à agência Lusa.

O projecto nasceu quando Mayra estava grávida e sentiu “uma necessidade muito grande de ter um encontro íntimo com o público”.

“O público sempre me viu com bandas e, de repente, descobriu-me no formato original, que é voz e violão, que é uma forma muito crua, muito directa, muito honesta”, prosseguiu.

E esclareceu: “Na verdade, eu nunca deixei de estar em voz e violão, simplesmente nunca fiz deste formato o formato para um disco e para uma tournée, mas o violão acompanha-me sempre; eu componho no violão, é o instrumento base da música tradicional cabo-verdiana, e não só. Então, para mim a voz e o violão é casa”.

Após a faixa “Afeto” ter sido disponibilizada nas plataformas digitais, seguiu-se recentemente “Navega”, um tema que “fala da mulher do pescador que brava o mar todos os dias e que ora a Deus para que seja generoso o suficiente para deixá-lo retornar a terra”.

Orgulhosa de pertencer a uma nação que teve Amílcar Cabral como “pai”, Mayra Andrade disse que tem feito a sua parte na divulgação da palavra do líder africano, tendo recentemente usado um súmbia (boné que era a imagem de marca de Cabral) no anúncio do Festival da Paz no Tarrafal, em que participou.

Mayra não sente que o centenário de Cabral esteja a ser honrado e celebrado como devia e por isso tem falado do líder africano durante os seus últimos concertos.

“É importante que cada um, dentro dos meios que tem, traga à tona certos nomes, e Cabral é um deles”, indicou.

Das várias mensagens que Cabral deixou, Mayra escolhe a importância que este sempre deu à educação e ao investimento na infância, citando-o: “As crianças são a flor da revolução”.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Lusa,22 set 2024 8:52

Editado porNuno Andrade Ferreira  em  23 set 2024 10:02

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