Promovida pelo Instituto do Património Cultural (IPC), em parceria com a Câmara Municipal do Tarrafal de Santiago, a iniciativa visa reforçar o envolvimento dos residentes das comunidades de Chão Bom e Mangue do Tarrafal num processo amplamente participativo e inclusivo.
Segundo o IPC, a abordagem adotada segue as diretrizes da UNESCO, que preconizam a integração activa das populações locais na proteção e valorização dos bens patrimoniais. O objectivo é reconhecer o papel central das comunidades na preservação da memória histórica e na sustentabilidade da gestão do património.
A mesma fonte sublinha que o Plano de Gestão, parte essencial do dossiê de candidatura à UNESCO, será estruturado com base numa visão holística, articulando a preservação do legado histórico com a valorização do património material e imaterial. O documento também procurará integrar o sítio no desenvolvimento local, com foco na sustentabilidade social, cultural e económica.
"Com este segundo encontro, o IPC dá continuidade a uma estratégia de diálogo directo com os moradores, incentivando a apropriação comunitária do processo e garantindo que as vozes locais estejam refletidas na futura gestão do ex-Campo de Concentração do Tarrafal", refere.