Numa nota enviada à imprensa, a SCM sublinha que, enquanto compositor e artista visual, o legado de Kiki Lima representa um testemunho da riqueza criativa e da alma vibrante do povo cabo-verdiano.
“Kiki Lima era natural da ilha de Santo Antão e foi uma personalidade ímpar da cultura cabo-verdiana, cuja criatividade se expressou tanto nas artes plásticas como na música”, lê-se no comunicado.
A mesma fonte frisou que, ao longo da sua carreira, Kiki Lima foi distinguido com diversas honrarias, entre as quais o 1.º Grau da Medalha de Mérito Cultural do Governo de Cabo Verde (2017), a Medalha do Vulcão de 1.ª Classe, atribuída pelo Presidente da República, e o Prémio Selo Morabeza (2015).
Enquanto compositor, integrou vários grupos musicais no Mindelo, entre 1968 e 1974, e gravou dois álbuns em Portugal: “Tchuva” e “Midj Má Tambor”.
Em Dezembro de 2019, celebrou os seus 50 anos de carreira artística com a exposição “50 anos de musicalidade pictórica”, realizada no Palácio da Cultura Ildo Lobo, na cidade da Praia — uma parada simbólica na sua trajetória multifacetada e uma homenagem à sua enorme contribuição para a arte cabo-verdiana.
Ao longo do seu percurso, Kiki Lima realizou mais de 200 exposições individuais e participou em mais de 160 coletivas, tendo produzido entre mil a dois mil quadros. As suas obras figuram em coleções públicas e privadas, tanto nacionalmente como internacionalmente.
Neste momento de luto, a Sociedade Cabo-verdiana de Música, através do seu presidente, Daniel Spencer, endereça à família enlutada, aos amigos e a toda a comunidade artística nacional e internacional os mais sentidos pêsames.
“Que as contribuições de Kiki Lima à nossa cultura permaneçam vivas, que a sua memória, feita de cor, ritmo e emoção, continue a inspirar novas gerações”, destaca a nota.