Segundo uma nota enviada, este evento marca o início do encerramento oficial das celebrações do Cinquentenário, reafirmando o compromisso do país com a arte, a cultura e o pensamento crítico, cinquenta anos após a conquista da liberdade.
Após a abertura em Mindelo, em Abril, e as comemorações de Julho na Praia, o ciclo festivo termina em Dezembro na ilha do Sal, concluindo um percurso nacional que evocou a história, as conquistas e a afirmação de Cabo Verde no mundo.
“Celestina ou o Teatro da Crueldade” é uma das produções mais premiadas da Atalaya e inspira-se no clássico espanhol La Celestina. A peça aborda temas como amor, poder, desejo e solidão, numa leitura contemporânea que destaca a força psicológica da sua protagonista.
A encenação resulta de meses de trabalho e 140 ensaios, com o texto original reduzido a um sexto para preservar os monólogos centrais. A obra reforça o caráter crítico e actual da narrativa, com Melibea num papel mais consciente e atuante, e com uma leitura que aborda a mercantilização das relações humanas.
A mesma fonte frisou que o espectáculo combina elementos da commedia dell’arte, expressionismo alemão e referências pictóricas de Brueghel, Bosch e Goya, incorporando ainda princípios do Teatro da Crueldade de Antonin Artaud. O elenco mantém presença contínua em palco, apoiado por música tradicional dos Balcãs, sul da Itália e Galícia.
Entre os vários prémios recebidos, destacam-se: Melhor Espectáculo Internacional – Festival de Teatro de Madrid e Prémio de Excelência Cénica – Festival de Artes de Mindelo.
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