Empreendedores defendem livre circulação para incentivar negócios entre países da CPLP

PorExpresso das Ilhas, Lusa,23 nov 2018 7:23

​Empreendedores da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) defenderam quinta-feira, em Maputo, a livre circulação entre os Estados-membros como forma de incentivar as relações comerciais, alertando para a burocracia nos diferentes serviços aduaneiros.

“O grande desafio é a livre circulação de bens e pessoas entre os países membros da CPLP”, disse à Lusa Paulo Oliveira, empresário e antigo vice-presidente da Confederação Empresarial da CPLP.

Paulo Oliveira falava à margem de um diálogo de empreendedores da CPLP em Maputo, uma iniciativa organizada pela Organização Nacional de Empreendedores.

Para o antigo vice-presidente da Confederação Empresarial da CPLP, a redução de procedimentos burocráticos nos serviços aduaneiros dos países membros da comunidade pode criar condições para que as pequenas e médias empresas se fortaleçam, atravessando fronteiras em direcção a novos mercados.

“Nós não podemos estar à espera apenas das grandes empresas de petróleo ou gás para desenvolver a economia”, observou Paulo Oliveira, lembrando que incentivar as pequenas e médias empresas dos países membros da comunidade é também apostar na juventude destes Estados.

Também a empreendedora e economista moçambicana Tânia Tomé entende que a livre circulação de bens e serviços entre os Estados-membros da comunidade é fundamental para o desenvolvimento das pequenas e médias empresas do mercado lusófono, acrescentando que, apesar da distância, a língua é um factor que pode facilitar as relações comerciais.

“Precisámos de garantir a circulação de informação entre empresários da CPLP. Eu, estando aqui em Maputo, tenho de saber quais são as vantagens de investir em Luanda, por exemplo”, acrescentou a economista.

Por sua vez, Sofia Cassimo, vice-presidente da Federação Nacional de Mulheres Empresárias e Empreendedoras, entende que o mercado da CPLP tem registado crescimento, mas persistem barreiras de ordem legal.

“Tem havido abertura por parte dos governos para resolver a questão dos entraves aduaneiros, mas os desafios persistem. Há um trabalho estrutural que tem de ser feito. Devíamos, talvez, começar a pensar em plataformas que promovam informações sobre bens e serviços para garantir que haja realmente um mercado”, concluiu. 

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Autoria:Expresso das Ilhas, Lusa,23 nov 2018 7:23

Editado porNuno Andrade Ferreira  em  23 nov 2018 17:02

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