De acordo com o último relatório e contas da seguradora, a segunda do país (quota de mercado estimada em quase 40%), o exercício de 2019 fechou com um resultado líquido de 395.319.000 de escudos (3,569 milhões de euros), tendo o conselho de administração aprovado a distribuição de 100.000.000 de escudos (900 mil euros) em dividendos aos accionistas e o restante para reservas livres.
A Impar terminou 2019 com 73 trabalhadores e no relatório e contas, a que a Lusa teve hoje acesso, estima que o mercado segurador cabo-verdiano tenha crescido 10,5% no último ano, passando a valer 2.850 milhões de escudos (25,7 milhões de euros), num arquipélago com menos de 600 mil habitantes.
Entre a estrutura accionista da Impar contam-se a Sociedade Comercial Vasconcelos Lopes (20%), ING - Investimentos e Gestão (20%), Labesfal Farma (20%) e OLIGEST – Investimentos (10,62%), entre outros.
Entre outras participações, a Impar detém uma quota de 86,76% do capital social do Banco Caboverdiano de Negócios (BCN), avaliada em 780,8 milhões de escudos (sete milhões de euros).
“O ano de 2019 ficou marcado pela, já consolidada, boa performance do negócio segurador. No terceiro ano de actividade da aliança estratégica entre a Impar e o BCN, a posição da companhia no mercado continua robusta e uma vez mais ficou demonstrada a sua solidez financeira e capacidade para perseguir oportunidades que reforcem o posicionamento competitivo e se tornem uma plataforma para o crescimento futuro”, lê-se na mensagem do conselho de administração no relatório e contas.
Acrescenta que “nesta base”, ao longo do ano foi dada continuidade à “estratégia de distribuição, com a junção dos serviços da banca [BCN] e seguros [Ímpar] em alguns concelhos do país, que permitiu assegurar os níveis de eficiência operacional, bem como uma estabilização e redução de custos nos próximos anos”.
Ainda segundo o relatório e contas, o total do activo da Impar cresceu 13,8% em 2019, para 4.016 milhões de escudos (36,2 milhões de euros), enquanto o capital próprio da seguradora aumentou 15,3%, para 2.101 milhões de escudos (18,9 milhões de euros).
O mercado cabo-verdiano de seguros conta com duas companhias.
Os lucros da seguradora Garantia, do grupo de origem portuguesa Fidelidade, aumentaram 17% em 2019, face ao ano anterior, para mais de 1,5 milhões de euros, sendo mais de metade para distribuir como dividendos aos acionistas.
Segundo o último relatório e contas daquela seguradora, a maior do país (quota de 61%), o exercício de 2019 fechou com um resultado líquido de 170.174.475 escudos (1,542 milhões de euros), conforme a Lusa noticiou anteriormente.
Desta forma, no total das duas companhias, os lucros do mercado de seguros em Cabo Verde ascenderam em 2019 a quase 565,5 milhões de euros (5,1 milhões de euros).