De acordo com dados de um relatório estatístico do BCV, os depósitos de poupança nos bancos cabo-verdianos estavam avaliados no final de 2019 em 6.675 milhões de escudos, antes dos efeitos económicos da pandemia de covid-19, valor que subiu para mais de 7.435 milhões escudos em 2020 e aumentou para o valor histórico de 8.279 milhões de escudos no final de 2021.
Entretanto, esses depósitos chegaram no final do primeiro trimestre de 2022 a um novo recorde de praticamente 8.644 milhões de escudos, segundo o mais recente relatório estatístico do BCV, acumulando um crescimento de 30% desde o início da pandemia.
Em Cabo Verde operam oito bancos comerciais com licença para trabalhar com clientes residentes.
Os depósitos a prazo nos bancos também mantêm a tendência de crescimento, passando de 41.306 milhões de escudos em 2019, para 43.079 milhões de escudos no ano seguinte e para 45.191 milhões de escudos em 2021. Entretanto, subiram para 45.990 milhões de escudos no final do primeiro trimestre de 2022.
Cabo Verde enfrenta uma profunda crise económica e financeira, decorrente da forte quebra na procura turística – sector que garante 25% do Produto Interno Bruto (PIB) do arquipélago – desde Março de 2020, além de uma seca prolongada que se arrasta há mais de três anos.
Entretanto, devido às consequências económicas da guerra na Ucrânia, o Governo cabo-verdiano reviu de 6% para 4% a perspectiva de crescimento económico em 2022, com uma escalada de preços em vários produtos e uma inflação, a um ano, que já ultrapassa os 7%.