Nesta fase inicial, serão 600 toneladas de esmoregal, uma espécie de peixe valorizada tanto no mercado cabo-verdiano quanto internacional.
Em entrevista à TCV , na última quinta-feira, o sócio-gerente da Nortuna Cabo Verde, Luís Rodrigues, revelou que a empresa já começou a enviar amostras de esmoregal para a Noruega.
“Este mês começamos a mandar amostras de peixe para a Noruega, para expor na mesa de toalha branca, para testar o mercado”, explicou. Segundo este responsável, trata-se de uma prova inicial, mas já no próximo ano a empresa pretende comercializar cerca de 600 toneladas da espécie.
Luís Rodrigues também destacou planos para expandir a produção em 2025, com a intenção de colocar no mar 15 mil unidades de atum rabilho. Este projecto de criação em cativeiro é visto como uma experiência inovadora e sustentável no sector da aquacultura em Cabo Verde.
O Ministro do Mar, Jorge Santos, em visita ao viveiro de esmoregal em São Pedro, reforçou a importância da aquacultura para o desenvolvimento econômico do país.
"São duas espécies de peixe altamente qualificadas no mercado cabo-verdiano e também internacional. A aquacultura tem um grande potencial em Cabo Verde, e a Nortuna já está a dar provas de sucesso neste sector", afirmou o ministro.
Durante a visita, Jorge Santos também conheceu as instalações do laboratório e dos estaleiros do projecto na praia do Flamengo, sublinhando que o projecto é um complemento crucial ao sector das pescas, e um exemplo claro de como a inovação pode promover o desenvolvimento sustentável da indústria piscícola cabo-verdiana.
Desde o início de suas actividades em 2020, a Nortuna Cabo Verde tem se destacado pela inovação no sector. Em 2022, a empresa iniciou a instalação dos cativeiros, e no ano seguinte já contava com cerca de 40 toneladas de peixe em desenvolvimento. Em 2024, a Nortuna possuia aproximadamente 200 mil unidades de peixe em fase de crescimento, que devem render as 600 toneladas previstas para o mercado em 2025.
Com este projecto, a Nortuna Cabo Verde busca não apenas consolidar sua presença no mercado nacional, mas também promover Cabo Verde como um centro de excelência em aquacultura. O objectivo, segundo Luís Rodrigues, é garantir um futuro promissor para a indústria piscícola do país.