Especialistas partilham experiências e reflexões sobre evolução da publicidade em Cabo Verde

PorExpresso das Ilhas, Inforpress,24 mar 2025 16:51

Os especialistas da comunicação partilharam hoje experiências e reflexões sobre a evolução da publicidade em Cabo Verde, desde os tempos em que a rádio era o principal meio de comunicação, passando pela televisão, até à actual era digital.

A conversa aberta, sob o lema “A publicidade de hoje, os talentos de amanhã”, inserida na 7.ª edição do Prémio Nacional de Publicidade (PNP) e na Semana Criativa, abordou temas como o impacto da inteligência artificial no sector publicitário, os desafios actuais da indústria, a publicidade como ferramenta estratégica, a importância das parcerias entre marcas, e a adaptação do mercado à revolução digital.

Para a administradora da CVTelecom, Isa Maria Neves, a publicidade registou “um progresso significativo nos diferentes meios de comunicação”, destacando a capacidade do país para continuar a evoluir e a inovar no sector publicitário.

Um dos temas centrais do debate foi a utilização da inteligência artificial na prática publicitária, onde o CEO da GC Comunicações, Giordano Custódio, apontou a falta de literacia digital na publicidade e os desafios que isso impõe, defendendo a necessidade de adaptação das universidades para integrar a IA nos seus currículos.

“A GCE Comunicações já utiliza IA como assistente criativo, auxiliando na redacção e na geração de ideias. Sabemos que a IA precisa de ser treinada, por isso fornecemos informações que permitem respostas mais eficazes, além disso, recorremos ao Gama para apresentações devido ao seu layout atractivo. As universidades devem também preparar os alunos para este avanço”, sublinhou.

Considerando os desafios que a IA impõe ao mercado de trabalho, a directora de Produção da ACI, Carmo Furtado, admitiu o receio inicial sobre a possível substituição de profissionais, mas reforçou que a IA tem demonstrado ser uma ferramenta poderosa na optimização de processos.

A mesma fonte, alertou, no entanto, que a automação excessiva “pode comprometer” postos de trabalho, tornando-se essencial um uso equilibrado.

Por seu lado, Kátia Modesto, uma das moderadoras da conversa, entende que a IA deve ser vista como “um suporte e não um substituto total, permitindo que os profissionais se libertem para tarefas mais estratégicas, tal como ocorreu com a evolução tecnológica na rádio e na música”.

No final do encontro destacou-se a fase de consolidação do sector publicitário e a importância dos 50 anos de independência como um momento importante para reflexões e projecções futuras, a necessidade de actualização do Código de Publicidade e das leis conexas, bem como o papel do Estado como incentivador do mercado publicitário de forma mais estruturada.

Foram ainda abordadas questões como inovação, independência e desenvolvimento, identificadas como pilares essenciais para o crescimento do sector.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Inforpress,24 mar 2025 16:51

Editado porAndre Amaral  em  25 mar 2025 10:44

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