Os dados preliminares apontam para uma produção de milho de 1.074 toneladas, enquanto no ano passado se registaram aproximadamente 4.900 toneladas, avançou à imprensa o coordenador do grupo de trabalho pluridisciplinar de acompanhamento e avaliação da campanha agrícola, Celestino Tavares.
“Para este ano, a produção de feijão é de 1.168 toneladas. No ano passado estávamos a falar de cerca de 6.000 toneladas. Isso representa aproximadamente 75% a menos do que a produção do ano anterior”, revelou.
No que diz respeito à produção de pasto, nas zonas altas e intermédias registou-se uma boa produção, enquanto no litoral, nos estratos árido e semiárido, a produção é fraca e, em alguns concelhos, quase nula.
Relativamente à disponibilidade de água para a horticultura, Celestino Tavares indicou que a situação é mediana.
“Não houve escoamento superficial importante aqui na ilha de Santiago, onde temos a maior área de regadio temporal, mas, segundo dados da Agência Nacional de Água e Saneamento, a recarga dos furos é normal e existe alguma disponibilidade de água em certas barragens”, acrescentou.
Em função dos resultados, a equipa elaborou um conjunto de recomendações que servirão aos serviços centrais, bem como às autoridades nacionais e municipais, na tomada de decisões para mitigar os efeitos da baixa produção.
Dentre essas recomendações destacam-se a utilização judiciosa da água disponível nas barragens, a prestação de assistência técnica de proximidade aos agricultores para optimizar a produção com a quantidade de água existente, a criação de condições para a recolha e conservação de pastos e a continuação da luta biológica contra as principais pragas do sequeiro.
Celestino Tavares lembrou que a avaliação final da campanha agrícola será realizada no mês de Março do próximo ano.
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