Em menos de dois anos, o Facebook passou de quase zero a 53 por cento. É esta a percentagem de receitas de publicidade que, no último trimestre, vieram de anúncios em telemóveis e tablets, aparelhos que em tempos foram considerados o calcanhar de Aquiles da rede social.
Os números foram divulgados nesta quarta-feira, na apresentação de resultados da empresa. A poucos dias de celebrar dez anos, os indicadores mostram que, em várias métricas, o Facebook cresceu a dois dígitos ao longo de 2013.
As receitas totais ao longo do ano passado foram de 7812 milhões de dólares (cerca de 580 milhões de contos), o que significa um aumento de 55 por cento face a 2012. Os lucros operacionais mais do que quintuplicaram.
Já o número de utilizadores diários era, em média, de 751 milhões em Dezembro do ano passado, mais 22 por cento do que em 2012, e os utilizadores mensais foram 1230 milhões (mais 16 por cento). O número de utilizadores diários em dispositivos móveis foi de 556 milhões – um aumento de 49%.
Os números relativos apenas ao último trimestre do ano também são positivos. A empresa facturou 2585 milhões de dólares, mais 63 por cento do que no período homólogo.
A migração dos utilizadores para dispositivos móveis e a incapacidade de o Facebook os rentabilizar foi um dos factores a assustar investidores e a contribuir para o fiasco da estreia em bolsa, em Maio de 2012. Desde então, a empresa tem vindo gradualmente a aumentar as receitas obtidas nestas plataformas.