O encontro de Zuckerberg com os líderes dos diferentes grupos políticos no Parlamento Europeu, a realizar-se na parte da tarde, tem como propósito perceber o que o fundador do Facebook pretende fazer para "defender os cidadãos europeus" antes das próximas eleições europeias, como sublinhou o presidente do PE, Antonio Tajani.
"Queremos saber o porquê de o Facebook ter decidido pôr na mesa o nome dos cidadãos europeus e pretendemos perceber o que vão fazer antes das eleições europeias. É um debate muito importante, queremos saber a história e o que querem fazer nos próximos meses para defender os cidadãos europeus", elucidou o presidente do PE.
O Facebook precisou que a reunião no PE será uma ocasião para "dialogar, escutar os pontos de vista (dos eurodeputados) e mostrar medidas" tomadas pelo gigante da Internet "para melhor proteger a vida das pessoas".
A sessão seria, inicialmente, à “porta fechada”, mas, depois de várias críticas, Antonio Tajani, o presidente do Parlamento Europeu, anunciou pelo Twitter que vai existir transmissão em directo através do site oficial da instituição.
I have personally discussed with Facebook CEO Mr Zuckerberg the possibilty of webstreaming meeting with him. I am glad to announce that he has accepted this new request. Great news for EU citizens. I thank him for the respect shown towards EP. Meeting tomorrow from 18:15 to 19:30
— Antonio Tajani (@EP_President) 21 de maio de 2018
Depois de Bruxelas, na quarta-feira Mark Zuckerberg será recebido em Paris pelo Presidente da França, Emmanuel Macron, juntamente com cerca de 50 dirigentes de grandes empresas.
Esta visita à Europa do fundador do Facebook é organizada alguns dias antes da entrada em vigor, a 25 de Maio, do novo regime europeu sobre a protecção de dados, que obriga os operadores a ajustarem os seus termos de utilização para os europeus.
Em Abril, Zuckerberg foi ouvido no Congresso dos Estados Unidos sobre o caso Cambridge Analytica, que trabalhou para a campanha presidencial de Donald Trump, em 2016, usando dados de dezenas de milhões de utilizadores do Facebook.
Além desta rede social, Twitter e Google também foram acusadas de deixar proliferar interferências russas, visando manipular a opinião pública norte-americana.