Foi este o sistema que solidificou o domínio da Microsoft no mercado dos computadores pessoais e que trouxe alguns dos elementos modernos de interacção familiares a milhões de utilizadores. É o caso do menu Iniciar, que – com uma breve e muito contestada ausência – perdurou no Windows até aos dias de hoje. Também tinha sorvedouros de tempo, como os jogos Minesweeper e Solitaire, bem como o icónico MS Paint. Este programa básico de edição de imagens também se manteve nas gerações seguintes do sistema. A Microsoft tentou no ano passado acabar com o Paint – apenas para ter de voltar atrás na decisão, aplacando assim os protestos de uma horda de utilizadores nostálgicos.
Terá sido por nostalgia que um programador chamado Felix Rieseberg (que já trabalhou na Microsoft) criou e disponibilizou uma aplicação do Windows 95, que pode facilmente ser usada em computadores Mac, Windows e Linux.
A instalação é simples e rápida e, uma vez feita, o utilizador tem acesso a todo um esplendor de ícones e menus antiquados. Para quem usou assiduamente o Windows 95, este é um recuo pela memória. Para quem nunca o tenha feito, é uma oportunidade para ter uma experiência próxima do que eram os computadores há quase um quarto de século.
Não é a primeira vez que alguém ressuscita o Windows 95. Há uns anos, houve até quem se desse ao trabalho de criar uma versão que podia ser usada num smartwatch.
Texto originalmente publicado na edição impressa do Expresso das Ilhas nº 874 de 29 de Agosto de 2018.