A missão que foi lançada nesta segunda-feira, conhecida como SmallSat Express,já havia sido adiadatrês vezes devido à falta de condições climáticas para o lançamento. Comprada e coordenada pela Spaceflight Industries, a SmallSat Express arrecadou mais de 200 milhões de dólares em financiamentos e quebrou recordes ao colocar em órbita 64 pequenos satélites.
Segundo Curt Blake, presidente da Spaceflight, “o lançamento de 64 satélites dessa variedade é algo que nunca tinha sido feito antes e levou a novos desafios que nunca haviam sido enfrentados”.
A missão contou com 15 MicroSats e 49 CubeSats de 34 diferentes organizações públicas e privadas, originárias de 17 diferentes países: Alemanha, Austrália, Brasil, Canadá, Cazaquistão, Coreia do Sul, Espanha, Estados Unidos da América, Finlândia, Holanda, Índia, Itália, Jordânia, Polônia, Reino Unido, Suíça e Tailândia.
Dentre os 49 CubeSats lançados nesta segunda está o ITASAT-1, o primeiro satélite em dimensões diminutas produzidos pelo Brasil. Desenvolvido pelo ITA em parceria com o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) e a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), o ITASAT-1 possui como cargas úteis um transponder de colecta de dados, um receptor GPS, e uma câmara com resolução de 80 metros por pixel no espectro visível.
A reutilização dos foguetes é imprescindível para o modelo de negócios da SpaceX: com voos mais baratos, é possível oferecer às nações uma forma económica de lançar satélites para o espaço.
No início de 2018, a empresa revelou o Block 5, um foguete que seria “capaz de pelo menos 100 voos”, segundo explicação dada pelo próprio Musk em Maio. Com o Block 5, é possível lançar, pousar e então lançar novamente para o espaço com um intervalo de apenas 24 horas.
Texto originalmente publicado na edição impressa do expresso das ilhas nº 888 de 05 de Dezembro de 2018.