Trata-se das primeiras imagens obtidas através deste novo telescópio, o maior telescópio solar do mundo, gerido pela Fundação Nacional da Ciência (FNC), uma agência federal independente dos Estados Unidos destinada a "promover o progresso da ciência".
As imagens mostram que o plasma cobre toda a superfície do Sol e que estruturas tipo células são a assinatura de movimentos violentos que transportam o calor do interior da estrela para a sua superfície, descreve a fundação em comunicado.
Segundo o director da FNC, France Córdova, observações futuras permitirão compreender melhor a actividade solar e ajudar os meteorologistas a preverem as tempestades solares, que podem afectar as comunicações por satélite, sistemas de navegação, as redes de energia e as viagens de avião ou de naves espaciais.
O telescópio Daniel K. Inouye irá trabalhar em paralelo com dois engenhos espaciais igualmente direccionados para a observação do Sol, a sonda norte-americana Parker Solar Probe, em órbita desde 2018, e o satélite europeu Solar Orbiter, com lançamento previsto para 08 de Fevereiro.
Em Dezembro foram divulgados os primeiros dados recolhidos pela sonda Parker Solar Probe, que estudará mais a fundo a coroa solar, a camada mais externa da atmosfera do Sol.
De acordo com os dados, publicados na revista científica Nature, a velocidade do vento solar (emissão contínua de partículas energéticas a partir da coroa) não é regular, podendo aumentar de forma repentina e atingir, por vezes, 100 a 150 quilómetros por segundo. O campo magnético distorce-se constantemente por acção do plasma.
Com tecnologia portuguesa, o satélite Solar Orbiter vai permitir obter as primeiras imagens dos polos do Sol, considerados a chave para se compreender a actividade e o ciclo solares.