Gana confirma os seus primeiros casos de vírus de Marburgo

PorExpresso das Ilhas,23 jul 2022 16:17

Da família do Ébola, este vírus tem uma taxa significativa de mortalidade: entre os 24% e os 88%, dependendo do surto. É a primeira vez que são detectados casos positivos no Gana.

Gana confirmou oficialmente a existência de dois casos do vírus de Marburgo, uma doença infecciosa semelhante à provocada pelo vírus do Ébola. A informação, escreve o jornal Público, foi avançada pelas autoridades de saúde locais e já recebeu a confirmação da Organização Mundial da Saúde (OMS). São os primeiros casos deste vírus no Gana.

Os dois casos positivos tinham sido detectados em duas pessoas que morreram no início deste mês de Julho. O alerta já tinha sido dado a semana passada, mas só agora, depois de os resultados terem sido verificados no Instituto Pasteur (Senegal), é que o diagnóstico foi confirmado. Os dois doentes eram da região de Ashanti (no Sul de Gana) e tinham apresentado sintomas como diarreia, febre, náusea e vómito, antes de morrer no hospital, disse a OMS, citada pela mesma fonte.

Da mesma família do Ébola, o vírus de Marburgo é uma infecção viral grave que se manifesta através de febre, vómitos com sangue e sangramento. Não existe tratamento para a doença, tendo uma mortalidade significativa: em surtos anteriores, as taxas de mortalidade em casos confirmados variam entre 24% a 88%.

O vírus transmite-se para pessoas a partir de morcegos frugívoros (que se alimentam de fruta) e pode propagar-se entre humanos através do contacto directo com fluidos corporais de pessoas, superfícies ou outros materiais contaminados.

É apenas o segundo registo deste vírus num país da África Ocidental. O primeiro caso na região foi detectado em 2021 na Guiné-Conacri, mas sem qualquer transmissão detectada para outras pessoas. “As autoridades de saúde [ganesas] responderam rapidamente, começando a preparar-se para um possível surto. Isso é bom, porque sem uma acção imediata e decisiva o vírus de Marburgo pode facilmente fugir ao nosso controlo”, referiu Matshidiso Moeti, director regional da OMS para África, citado pelo jornal Público.

Texto originalmente publicado na edição impressa do Expresso das Ilhas nº 1077 de 20 de Julho de 2022. 

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Autoria:Expresso das Ilhas,23 jul 2022 16:17

Editado porDulcina Mendes  em  23 jul 2022 16:17

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