A entidade resultante corresponderia ao primeiro operador de satélites em diferentes órbitas (geoestacionárias e baixa altitude), o que a colocaria num lugar privilegiado para o crescente mercado de conectividade por satélite, que ascenderá os 16.000 milhões de dólares (cerca de 15.661 milhões de euros, à taxa de câmbio atual) em 2030, refere a Eutelsat em comunicado.
Se a operação se materializar, a nova empresa será rival de outros projectos actualmente em marcha, como os norte-americanos Kuiper, impulsionado por Jeff Bezos, e Starlink, de Elon Musk.
A Eutelsat, onde o Estado francês tem 20% do capital, opera uma rede de satélites para a distribuição de sinais de televisão e rádio em quase todo o mundo.
A OneWeb, da qual a Eutelsat é a segunda maior acionista com 23%, é uma das operadoras globais de redes de satélites de baixa altitude, com um serviço que estará completamente operacional em 2023, quando a sua rede de 648 satélites estiver no espaço, que se prevê ainda este ano.
A opção de Internet via satélite é considerada, neste momento, a melhor para trazer acesso de alta velocidade à rede em áreas rurais ou montanhosas onde as conexões de fibra ótica são excessivamente caras ou não é prático.
A operação que está a ser discutida entre ambas as empresas prevê que os acionistas de cada uma delas detenham 50% do capital da nova entidade.
A Eutelsat salienta que não está garantido que haja um acordo e que, se houver, a operação deve ser aprovada por distintas autoridades reguladoras e de concorrência.