A bolsa é o equivalente ao útero das fêmeas dos mamíferos. Contém uma placenta, apoiando o crescimento e desenvolvimento de cavalos-marinhos bebés.
Os cavalos-marinhos fornecem nutrientes e oxigénio para os seus bebés durante a gravidez, usando algumas das mesmas instruções genéticas da gravidez de mamíferos.
No entanto, conta o site zap.aeiou.pt, quando se trata de dar à luz, um novo estudo mostra que os cavalos-marinhos machos parecem depender de comportamentos elaborados e da sua estrutura corporal única para facilitar o trabalho de parto.
A equipa de investigadores da Universidade de Sydney e da Universidade de Newcastle, na Austrália, decidiu determinar como é que funciona o trabalho de parto em cavalos-marinhos machos. Os dados genéticos sugerem que o trabalho de parto de cavalos-marinhos pode envolver um processo semelhante ao trabalho de parto em mamíferos fêmeas. Um estudo de 1970 também mostrou que quando cavalos-marinhos machos não grávidos foram expostos à versão de peixe da oxitocina (chamada isotocina), expressaram comportamentos semelhantes ao trabalho de parto.
Portanto, os cientistas previram que os cavalos-marinhos machos usariam hormonas da família da oxitocina para controlar o processo de parto através da contração dos músculos dentro da bolsa incubadora.
Estes inesperados resultados sugerem que os cavalos-marinhos machos usam mecanismos diferentes para dar à luz em comparação com as fêmeas.
Os cientista especulam que as hormonas da família da oxitocina, em vez de produzir principalmente contrações do músculo liso, desencadeiam a cascata de comportamentos dos cavalos-marinhos que levam ao nascimento.
Apesar das semelhanças que os cavalos-marinhos machos compartilham com mamíferos e répteis fêmeas durante a gravidez, parece que os cavalos-marinhos machos têm uma maneira única de dar à luz os seus filhotes.
Texto originalmente publicado na edição impressa do Expresso das Ilhas nº 1084 de 7 de Setembro de 2022.