A China tornou-se assim no terceiro país a identificar um mineral desconhecido na Lua, depois dos Estados Unidos e da Rússia.
O vice-presidente da Autoridade de Energia Atómica da China, Dong Baotong, divulgou em conferência de imprensa o nome do mineral, encontrado em partículas basálticas lunares, segundo o jornal oficial Global Times.
A Comissão de Novos Minerais, Nomenclatura e Classificação da Associação Mineralógica Internacional confirmou a descoberta, obtida a partir de amostras colectadas pela missão Chang'e 5 da superfície lunar, em 2020.
Várias instituições do país asiático estiveram envolvidas no estudo das amostras, incluindo a Academia Chinesa de Ciências e os ministérios da Educação e Recursos Naturais.
Os cientistas destacaram que o material recolhido pela missão lunar da China e as pesquisas desenvolvidas são de grande importância para entender a origem e evolução da Lua, bem como as possibilidades de usar os seus recursos de forma eficaz.
Em Junho passado, foi anunciada a descoberta de minerais de alta pressão nas amostras recolhidas na superfície da Lua por essa mesma sonda, como fragmentos de seifertita e estishovita, minerais formados a partir de dióxido de silício submetido a altas temperaturas e pressões.
O programa Chang'e (em homenagem a uma deusa que, segundo a lenda chinesa, vive na Lua) começou com o lançamento de uma primeira sonda em 2007.
Nos últimos anos, Pequim investiu milhares de milhões de dólares no seu programa espacial e alcançou marcos como o pouso bem-sucedido de uma sonda no lado oculto da Lua, em Janeiro de 2019, uma conquista que nenhum país tinha até então alcançado.