Mais de uma década depois do desaparecimento do Boeing 777 ao serviço no voo MH 370, que partiu a 08 de março de 2014 pouco depois da meia-noite de Kuala Lumpur com destino a Pequim, e que continua a ser um dos maiores mistérios da aviação civil, a empresa anglo-americana de exploração marítima Ocean Infinity é agora a entidade que conduz estas novas buscas previstas para durar até 55 dias.
Para tentar finalmente localizar o avião, vão ser usados drones subaquáticos autónomos capazes de mergulhar até 6.000 metros e de permanecer vários dias consecutivos nas profundezas do mar.
Estes robôs vão utilizar sonar de alta resolução, imagiologia por ultrassons e magnetómetros para mapear o fundo do mar em 3D, detetar detritos enterrados e localizar elementos metálicos.
Se surgirem indícios promissores, robots controlados à distância poderão mergulhar, por sua vez, para uma inspeção aprofundada.
"Sem descoberta, sem pagamento", segundo os termos do contrato divulgados pelo Ministério dos Transportes da Malásia, mas 70 milhões de dólares serão pagos caso o avião seja localizado.
Estas buscas concentram-se numa área restrita de cerca de 15.000 quilómetros quadrados, aproximadamente dez vezes menor do que a área explorada em tentativas anteriores, e definida através de dados de satélite, modelagem de deriva e análises de especialistas atualizadas.
A Ocean Infinity tinha realizado as primeiras buscas, infrutíferas, em 2018. A empresa especializada em robótica marinha retomou-as na primavera, antes de as suspender devido às condições meteorológicas. Anteriormente, buscas infrutíferas tinham sido conduzidas pela Austrália durante três anos, até janeiro de 2017.
Esta é a mais importante e dispendiosa operação de busca jamais realizada na história da aviação, e os destroços do avião nunca foram encontrados.
Apenas alguns fragmentos, presumivelmente provenientes dele, menos de trinta pedaços de asa, da fuselagem e do trem de aterragem foram recolhidos desde 2015, desde Reunião até Moçambique, a milhares de quilómetros da zona de busca.
Nenhum corpo foi alguma vez encontrado. A bordo, encontravam-se 239 passageiros, incluindo 153 chineses, cerca de quarenta cidadãos da Malásia e passageiros de outras treze nacionalidades, entre os quais quatro franceses, australianos, indianos, americanos e holandeses.
O desaparecimento do Boeing tem sido alvo de múltiplas teorias, que vão desde um ato deliberado do piloto a um sequestro da aeronave. Os familiares dos passageiros desaparecidos continuam a exigir respostas das autoridades da Malásia.
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