Criada em 2015 a MRV Energy tem 95% dos seus projectos em África e agora começou a trabalhar em Cabo Verde.
“O programa prevê a instalação de quatro ou cinco centrais fotovoltaicas na Brava, Fogo, Santo Antão, São Nicolau e Maio”, explica Richard Voisin, um dos representantes da empresa em Cabo Verde que destaca a forte presença da empresa em África como “Gabão, Madagáscar, República Democrática do Congo, República do Congo, Burkina Faso e vários países”.
A empresa, explica este responsável, realiza “estudos de viabilidade, estudos de engenharia, como estamos a fazer em Cabo Verde” tendo em vista a instalação de infraestruturas de energias renováveis.
A oportunidade de começar a trabalhar em Cabo Verde surgiu após a empresa se candidatar “aos concursos do Banco Mundial, do Banco Africano de Desenvolvimento ou de outros financiadores. E, neste caso, candidatamo-nos à manifestação de interesse, o primeiro passo. Fomos seleccionados. Preparámos a proposta com a metodologia técnica, os CV e a proposta financeira”.
A MRV Energy está sediada em Montreal, no Canadá onde tem o escritório principal. “E em Cabo Verde, tivemos que abrir um escritório porque o projecto tem mais de 120 dias. Portanto, esta é a lei. Cabo Verde será o nosso escritório para África”, destaca Richard Voisin.
Questionado sobre a aposta que Cabo Verde tem vindo a fazer nas energias renováveis nos últimos anos, Richard Voisin reconhece que é “um grande programa” e anunciou que a empresa que representa vai, para além da instalação dos cinco parques fotovoltaicos, instalar um sistema de armazenamento de energia em bateria nos referidos parques.
“O governo está à espera de duplicar a capacidade. Por exemplo, no Fogo, a capacidade da energia solar fotovoltaica é de 1,3 megawatts. O objectivo é colocar 2,6. E há uma nova oportunidade com o Banco Mundial para identificar em sete ilhas, as ZEDER ou zona para o desenvolvimento de energias renováveis. Por isso, esperam desenvolver também a energia eólica. Especialmente em Santiago e no outro parque eólico e também actualizar e modernizar a rede em sete ou oito ilhas”.