O Expresso das Ilhas reuniu num dossier especial todas as notícias relacionadas com o caso CRASDT, para que possa compreender o que está em causa.
Uma série de estranhas confissões públicas deixou Cabo Verde em estado de choque e pôs a Congregação Reformada dos Adventistas do Sétimo Dia de Tendas (CRASDT) na ordem do dia. Através de testemunhos cruzados, alguns directamente prestados ao Expresso das Ilhas, outros divulgados nas redes sociais, tentamos perceber como se vive nesta comunidade religiosa e quais as práticas desta congregação liderada por Inácio Cunha, “o homem mais puro do mundo”. Os relatos são semelhantes e todos os ex-seguidores parecem concordar que as referidas confissões são falsas, não passando de um “jogo” vingativo do alegado profeta.
Sara Almeida, Expresso das Ilhas
Na CRASDT o dia começa cedo. A partir das 5h da manhã, os membros desta “igreja” começam a acordar até porque a “vida de sacrifício” que aqui se pretende levar não dá espaço para moleza. A primeira coisa que fazem é beber água. Muita água. O seu “profeta”, Inácio Cunha, assim o manda, e se o profeta o diz, é porque assim é. Afinal, acreditam, é o próprio Espírito Santo que age através da sua pessoa.
É agora tempo de estudar os temas bíblicos. É imperativo. Só depois é tomado o pequeno-almoço. Uma das duas frugais refeições que comem durante o dia.
“As crianças comem melhor, mas os adultos alimentam-se muito mal”, diz-nos um membro que muito recentemente abandonou a congregação. Pequeno-almoço e almoço, sopa de arroz e palha de mandioca, todos os dias. Só de vez em quando o cardápio é algo diferente.
Os membros que trabalham fora da congregação vão para o seu emprego. Os que ficam tratam das lides diárias da CRASDT. À noite há ensaios ou reuniões (missas) com Inácio Cunha e estudos bíblicos. É também a altura para escrever confissões. Durante a madrugada realizam-se igualmente algumas acções religiosas.
A partir de sexta-feira ao pôr-do-sol, entra-se no período semanal sagrado para esta congregação, que termina no sábado à mesma hora. E a noite de sexta é noite de cinema. Filmes religiosos, sempre. Ultimamente dominam os filmes sobre o Inferno. Sábado é totalmente dedicado às reuniões e acções religiosas e a maioria dos membros faz jejum.
“As actividades religiosas ocupavam-nos todo o tempo. Praticamente nem tínhamos tempo livre para visitar a família”, conta um ex-membro.
Mas como garante um outro ex-seguidor, essa vida rigorosa também lhes incute, pela positiva, dedicação nos estudos e no trabalho. O resultado é que por norma os fiéis são bons profissionais e bons alunos. Um aspecto positivo que não compensa todo o fanatismo, sacrifício injustificável, agressões, salvaguarda a mesma fonte.
Controlo total
Não é que seja expressamente proibido, mas nem tempo há para ver televisão. De qualquer forma, o líder Inácio Cunha é o único que controla o aparelho.
Jornais e livros que não sejam religiosos ou de índole escolar também não circulam na congregação. Música sim, há muita, mas só religiosa.
O mundo da CRASDT é um mundo à parte. Fechado em si, em torno da religião ou melhor de uma interpretação particular dos textos sagrados da Bíblia.
Do mundo exterior chega pouco. Os ex-membros acreditam mesmo que pouca gente na congregação tem conhecimento do escândalo que a envolve neste momento. Conhecem as confissões mas não a onda de impacto que estas provocaram. Lá dentro “só ‘passa’ aquilo que ele [Inácio] quer que se saiba”, conta quem já saiu.
A internet é de acesso restrito e uso controlado. “Repare-se que a maior parte das páginas de Facebook que agora estão a servir para divulgar as confissões ou não existiam ou estavam praticamente inactivas. Era proibido usar Facebook na congregação. Mas agora Inácio percebeu o poder das redes sociais” e tem-nas usado para perseguir os seus desígnios, aponta um entrevistado. Sejam lá eles quais forem.
O cenário pintado por várias testemunhas é de total controlo por parte de Inácio Cunha. Os antigos membros garantem que nada se passa sem que o líder da congregação saiba.
“Até para comer uma banana é preciso autorização de Inácio”, resume um deles.
A certa altura, a título diário, era inclusive prestado ao líder um “relatório” individual do dia onde se referia com quem se falou, durante quanto tempo, quais os pensamentos e dúvidas que assaltaram a pessoa durante o dia. Até os pormenores da vida íntima dos casais deviam ser comunicados.
Alguns casamentos terão sido, eles próprios, arranjados pela congregação. E o que se une também se pode desunir. Sabe-se de pelo menos um caso de uma mulher a quem Inácio disse que se ela continuasse com certas atitudes seria escolhida uma nova esposa para o seu marido.
O salário dos seguidores é entregue, alegadamente por inteiro, à CRASDT que tem um gabinete que depois faz a gestão.
“Vivem num sistema de comunidade absoluta, num mundo criado pelo seu profeta e deus Inácio Cunha. Um mundo que não é real”, explica ao Expresso das ilhas, Priscilla Monteiro, que através do Facebook tem denunciado o que se passa na congregação.
Jogos de pancada
O que Priscilla tem escrito, tem vindo a ser corroborado por outros membros que também já saíram. Aliás, esta garante que todas as publicações publicadas sob o seu perfil no Facebook podem ser provadas.
Alguns episódios, nomeadamente de agressões, vão entretanto saindo a público. Outros ainda residem apenas na memória de quem os sofreu.
X., chamemos-lhe assim, chegou um dia ao cenáculo, depois das aulas. Foi chamada por um dos membros que lhe disse que Deus lhe ordenara que lhe batesse. X. não mostrou medo. “Agrediram-me com palmatórias nas mãos até ficar com hematomas, cheias de sangue”.
Depois da agressão, Inácio Cunha chamou-a e perguntou-lhe se estava revoltada. Crente, pois ainda pouco tempo antes estudara um tema segundo o qual Deus castiga as pessoas fisicamente pelos seus pecados, respondeu que não. “Disse que não estava revoltada porque tinha cometido pecados. Então Deus castigou-me”. O líder ficou satisfeito com a resposta.
Houve agressões bem piores do que esta. Casos em que os agredidos eram-no tão severamente que urinavam sangue.
A própria esposa de Cunha, Délcia, foi a certa altura tão brutalmente espancada que ficou vários dias de cama e ainda hoje tem sequelas dessa agressão nas pernas. Inácio “humilha publicamente de forma reiterada, a sua segunda esposa, cerca de 20 anos mais nova, e com o objectivo de levá-la a ficar mais santa, ordenou que ela fosse dolorosamente torturada e que devia receber 7 de dias de jejum, sem comer nem beber absolutamente nada, acrescida da obrigação de fazer todos os trabalhos domésticos do costume”, corrobora Priscilla Monteiro, no Facebook.
Nas controversas confissões que estão a incendiar a sociedade cabo-verdiana, as agressões são atribuídas à acção de demónios, que também levavam a levantar falsos testemunhos contra o profeta, acusando-o de ser o mandante.
A verdade é Inácio nunca agrediu ninguém. Isso, todos os ex-membros com quem falámos, admitem.
Então, como acusar então Inácio deste crime? “Ele é uma pessoa muito esperta. Nunca dá a sua face. Usa instrumentos. O que ele dizia quando éramos agredidos é que recebêssemos aquilo com paciência. Que os agressores estavam bloqueados pelos demónios. Quem batia eram os demónios. Deu-nos uma série de temas a provar isso biblicamente, como o tema “bloqueio satânico””, conta X.
“É incrível como as coisas susceptíveis de incriminar Inácio não aparecem nas confissões. As torturas, a VBG contra a sua mulher e outros… nada disso aparece. Inácio inocenta-se com estas publicações, aparece como vítima quando foi ele o instigador de tudo”, indigna-se, por seu lado, Priscilla.
Inácio Cunha “arranja sempre uma estratégia para passar por inocente”, mas isso já não convence X, segundo esta alega. Até porque “Se ele era contra a violência, como líder, jamais iria permitir isso”, defende. Além disso, ele próprio pregava que Deus castiga fisicamente… e dava instruções para que nada se dissesse a terceiros sobre isso.
“Confesso que menti até para os meus pais a dizer que não éramos agredidos”, conta X. Fê-lo sem questionar. Para ela, Inácio era um profeta e se ele instruía para não se falar nisso, não se falava.
Jogar com a vida
Além das agressões. Vários ex-membros falam também de outras práticas perigosas. Jejum até ao desmaio (ou pior) e uma em particular que apelidam de tortura: a prática de beber muita água para expulsar os “demónios”.
Os membros são obrigados a beberem vários litros de água de uma vez - entre 6 e 10 litros, em duas horas, conforme a estrutura física. Até as crianças são sujeitas a esta pseudo-purificação, altamente perigosa.
Há relatos de desmaios, convulsões e pelo menos uma criança entrou em choque e foi parar ao hospital devido a essa prática. Conforme contam ao EI, o ICCA terá sido chamado pelo hospital, mas (mais uma vez) não houve seguimento do caso. Os próprios membros da Igreja, acreditando que era um caso do paranormal - o que as convulsões pareciam atestar - encobriram o sucedido. A criança recuperou. Hoje a família já não pertence ao CRASDT.
De caso grave em caso grave, jogo perigoso em jogo perigoso. Há duas mortes que intrigam. Uma é de uma senhora com problemas cardíacos a quem Inácio suspendeu a medicação. Ao fim de duas semanas, a senhora faleceu. Uma outra senhora, Domingas, terá sido sujeita a um jejum tão profundo que terá eventualmente sucumbido em consequência dessa prática. Não se tem a certeza, mas o caso parece, aos olhos de alguns ex-membros, muito suspeito.
O jogo de Inácio
A CRASDT é, como referido, um mundo isolado dentro do mundo. Abandonar a congregação é portanto um processo muito complicado a vários níveis. Quando saem, os crentes muitas vezes não tem para onde ir. Lá dentro cortam relações com toda a sociedade, quem sai tem de passar por um verdadeiro processo de “reinserção social”.
Testemunhas falam ainda de membros que não tem qualquer independência económica para abandonar a congregação e por isso ficam e sujeitam-se a todas as provações.
E depois, parece haver um enorme medo dos “demónios” e do profeta Inácio Cunha.
Quem já saiu descreve o líder da Igreja das Tendas como um homem “mau e vingativo”, que não olha a meios para castigar quem o desafia.
Aliás, nenhum dos membros que já deixaram a Igreja acredita naquilo que é narrado nas confissões públicas que nas últimas semanas têm vindo a público. Para eles, o que está escrito nesses documentos, a maior parte deles mal escritos, repetitivos à exaustão e de teor bastante suspeito é “mentira”. “Todas essas confissões, tenho a certeza, são mentira. São jogo de Inácio”, diz um dissidente. Um “ataque” contra quem abandonou a congregação. Aliás, são recorrentes estes ataques, muitas vezes através de ‘confissões’ de gente próxima.
“É um acto de vingança”, considera também X. “Está a pegar nos membros com mais credibilidade na sociedade, mas acho que até o público pode ver que isto é vingança”.
Elsa Brito Morais, uma das pessoas que recentemente abandou a CRASDT, expõe aliás, numa declaração pública divulgada nas redes sociais e imprensa, que saiu por se recusar “a confessar mentiras.”
Vingança ou não, no CRASDT pouco parece interessar se os pecados são reais ou imaginários. Há tempos, um outro caso, revelado ao Expresso das Ilhas, mostra esta indiferença: uma rapariga foi instada a confessar que tinha tido relações sexuais com vários homens. Um exame médico provou que a rapariga era virgem, mas para Inácio essa prova resultou da visão distorcida de gente possessa. A rapariga teve sexo com vários homens. Ponto.
Conforme escreve Elsa Brito, o próprio Amândio Brito não se lembra dos pecados que assume, mas confessa-os por fé.
No caminho leva o bom nome de várias pessoas à lama. Não interessa. É prova de fé e quem sai tem de ser punido. A própria entrevista que a segunda esposa de Inácio Cunha, Délcia Cunha, deu ao jornal de Domingo da TCV em que diz que esses “dissidentes” recentes não querem “rasgar as vestes da hipocrisia”, mostram a perseguição. “Querem que a sociedade os continue a olhar como senhora ou doutora fulano ou sicrano e não como maus e cruéis que são”, acusa a jovem, de 29 anos, que há alguns anos abandonou os estudos no Brasil e regressou a Cabo Verde com a sagrada missão de casar com o “profeta”. A afirmação de Délcia por si só, como refere Priscilla Monteiro no Facebook, é uma ofensa aos visados. “Maus e cruéis”.
Aliás, tanto X, como Elsa Brito foram ameaçadas. [Inácio] “Disse-me, directamente, perante a congregação, que se eu saísse da igreja eu passaria por um grande escândalo público, que me tornaria uma prostituta e que as pessoas troçariam de mim quando soubessem os crimes que eu tinha praticado na igreja. (…)Todas as ameaças atrás referidas prenderam e tem prendido várias pessoas na igreja ao longo dos últimos tempos, com medo de que algum mal possa recair sobre elas e, em especial, sobre as suas famílias”, escreve esta última.
E posto o que já aconteceu a outros ex-membros, as ameaças são para levar a sério.
Ninguém pode, no entanto, julgar. Todos passaram pela fé cega. X, que agora vê também o seu nome envolto em calúnias, até há bem pouco tempo credenciava em algumas estranhas confissões, nomeadamente nas das tentativas de assassinato do profeta. Chegou a distribuir essas confissões. “Às vezes distribuía 700 folhetos num dia”. Tudo porque acreditava. Até que um dia deixou de acreditar em Inácio.
As pessoas iam vendo o que se passava na congregação, iam saindo, “mas nós que não acreditávamos nessas pessoas. Defendíamos a mentira, achando que estávamos certos”, revela.
Xeque-mate
Há quem não saia porque não pode ou porque não tem coragem, e há pois quem acredite piamente no que é dito lá dentro. Uma fé inabalável que inclusive todos os ex-membros admitem, pois, ter sentido um dia.
“Houve uma altura em que, se fosse necessário, eu dava a minha vida por Inácio”, diz um ex-membro.
“As pessoas amarram-se a uma fé. Cegamente obedecem o seu líder, sem qualquer racionalidade. É o que está a acontecer. É extremismo, fanatismo e quando é assim nada mais lhes interessa”, analisa Priscilla Monteiro
Repare-se ainda, aponta uma outra fonte, “que as confissões vão buscar temas que incendeiam a sociedade”: incesto, planos de homicídio, violência contra crianças. Há também instituições envolvidas. É para ter impacto.
“Acredito que as palavras podem incendiar uma nação toda”, considera também Priscilla para quem Inácio Cunha quer “trazer caos, desordem, atacando sistemas do Estado e instituições nomeadamente de saúde e justiça”.
Qual o interesse que o líder da CRASDT tem nisso?, questionámos. “Se desestabilizar o sistema e levar pessoas ao caos, ele faz cumprir a sua profecia. Ele acredita que ele e os seus justos é que governarão. Quer provar que é o único capaz de conduzir todos, o único justo. Então é uma boa táctica, causar o caos para depois aparecer como solução”, responde, salvaguardando que não acredita que Cunha consiga levar o plano avante.
Outros membros destacam, simplesmente, que Inácio Cunha acredita no que diz, pelo menos crê plenamente que é alvo de um conluio para o matar. Vive com esse medo. “Ele nem saia à rua pois dizia que os adventistas o iam matar”, recorda alguém. Depois dos adventistas, os potenciais carrascos eram os próprios seguidores.
Seja como for, há algo que preocupa quem saiu que é o desfecho desta história se as autoridades não agirem convenientemente. Há quem ponha a hipótese de que os membros que lá estão se encontram em perigo.
“Ninguém está seguro perto de Inácio”, diz Priscilla. O que se passa é mais do que lavagem cerebral. “Estas pessoas, todas elas, estão dispostas a tudo. É um caso muito preocupante, por isso as autoridades deveriam intervir com medidas enérgicas e rápidas. Não se sabe o que vai ser sacrificado”, acrescenta.
“Um dia, na reunião, ele [Inácio] disse que o fim da Igreja [da CRASDT] poderia ser um suicídio colectivo. Outros membros com baixa escolaridade perguntaram o que era isso. Ele disse-lhes para irem pesquisar. Disse ainda que se não nos arrependêssemos nos iriamos todos suicidar”, conta, por seu lado, X.
E as pessoas fá-lo-iam? “As pessoas acreditam nele cegamente. Eu acreditava cegamente”, responde.
Denúncias em branco
Há cerca de cinco anos que começaram a surgir denúncias sobre a CRASDT. Foi desde então que a Igreja das tendas, como também é conhecida, foi perdendo fieis. Na Praia, hoje serão cerca de 40. Já foram perto do triplo.
Priscilla faz a cronologia: “em 2010-2011 surgiram várias denúncias referentes a torturas e maltratos a crianças residentes no orfanato da CRASDT”. Em 2011 começaram a ser empregadas nos seguidores “torturas, agressões físicas, agressões sexual e outras humilhações”.
”No ano de 2012 vieram a público todos os crimes referidos acima. Foi grande escândalo.” Inácio Cunha saiu ileso. Alegadamente, nada era do conhecimento dele.
“Fomos instruídos a mentir para defender essa imagem. Outras vezes proibidos de falar sobre qualquer assunto, quando Inácio sentia que não estávamos preparados”, conta X.
Apesar de ter perdido seguidores e do orfanato ter passado de 50 para apenas 8 crianças (agora todas filhas de membros) nada aconteceu. Nunca se levou muito a sério o que se passava na CRASDT, até agora, após o suicídio social e profissional de figuras reconhecidas da sociedade cabo-verdiana. As próprias “confissões” não são de hoje. Agora, graças às pessoas envolvidas e ao alcance das redes sociais é que tiveram a projecção que hoje têm.
O orfanato –que na realidade não é propriamente um, pois as crianças que ali se encontravam não são órfãs, mas sim filhas de membros ou de famílias vulneráveis – recebeu a visita do ICCA, comissão dos direitos humanos e curadoria de menor. Mas a congregação sabia da sua vinda de antemão e tinha sempre tudo preparado para as receber.
Nada aconteceu
A maior parte dos ex-membros, de facto não acredite que tenha de facto havido casos de abuso sexual, envolvendo crianças. Um membro que recentemente abandonou a congregação refuta mesmo as acusações, no que toca ao orfanato. Diz que as crianças eram bem alimentadas, bem tratadas, embora recorde um caso (só um) de agressão física.
Outros garantem que houve sim, tortura, agressões físicas e psicológicas e jejum violento, “tudo a mando de Inácio”. Relembram a tortura da água e a ida para o hospital de uma criança.
Sobre a violação, também Priscilla diz não ter provas, mas corrobora tudo o resto. E indigna-se com o descaso das instituições de protecção das crianças (e não só)
“Deveriam fazer fiscalização permanente. Esse foi um grande erro. Depois de várias denúncias nunca deveriam ter negligenciado o serviço de fiscalização”, critica.
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