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UCID
O desporto nacional deve ser visto de forma global. A posição é defendida pela União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID) que pela voz de Lídio Silva defende igualdade de todas as ilhas a nível das infra-estruturas desportivas.
“Quem for Governo tem que ter a capacidade de olhar para o desporto de uma forma global, tem que esquecer que Cabo Verde são ilhas, tem que pensar que Cabo Verde é uma só ilha. Há que ter as mesmas condições, não é fácil mas é uma questão de princípio”, explica.
A UCID quer investimento em várias modalidades desportivas.
“Não devemos resumir o desporto ao futebol. Devíamos investir muito na natação, no atletismo, no deporto de montanha”, exemplifica.
PAICV
O Partido Africano para a Independência (PAICV) de Cabo Verde quer tornar globais as competições nacionais. É neste sentido que José Sanches, do PAICV, propõe algumas medidas a nível do desenvolvimento do desporto cabo-verdiano.
“Teremos em conta a modernização, requalificação e reordenamento dos equipamentos desportivos no território nacional, envolvendo também as instalações desportivas escolares e dos clubes de modo a permitir a definição dos investimentos prioritários”, assegura.
O PAICV promete reformar a sistema desportivo cabo-verdiano.
“Em termos de reforma do sistema desportivo a governação do PAICV vai diligenciar a revisão de leis de base do sistema, entre as quais vai identificar cinco matérias: o papel regulador e dinamizador do sistema, acções visando convergências entre o governo, autarquias, escolas e agremiações desportivas. Medidas de modernização de organização e gestão de sistemas, medidas de aperfeiçoamento de apoio ao desporto, nomeadamente do seguro desportivo, o regime fiscal para os atletas, medidas de aperfeiçoamento das relações entre as federações e associações”, detalha.
PTS
O Partido do Trabalho e da Solidariedade (PTS) propõe o arrelvamento de todos os campos de futebol em vários pontos do país. O presidente da organização política, José Augusto Fernandes, diz que, por exemplo, em Santiago, a maioria dos campos de futebol não são apropriados para a prática desportiva.
“Tenho constatado que em Santiago Sul a maioria dos campos são terra-a-terra, as crianças e jovens jogam na terra e até pode fazer mal à saúde. Portanto, propomos um campo relvado para todas as zonas”, observa.
O PTS quer mais formação para os jovens.
“As federações e as associações regionais devem preocupar-se com a formação dos jovens e adolescentes na área do desporto porque o desporto faz parte da saúde das crianças e dos jovens”, acredita.
PP
O Partido Popular (PP) prefere apresentar propostas apenas para a ilha do Fogo.
Representado por Emanuel Andrade, o PP quer melhorar a prática desportiva na ilha e para isso promete criar uma entidade autónoma.
“Primeiro, criar uma entidade autónoma capaz de responder as demandas do desporto em Cabo Verde e em particular no Fogo. Segundo, construir infra-estruturas em todas as regiões, no caso do Fogo. Terceiro, contribuir para a profissionalização do desporto, não só do futebol, mas sim de todas as outras modalidades”, comenta.
A nível nacional, o partido diz não ter uma proposta concreta mas promete trabalhar para defender os interesses do povo.
“O Partido Popular não tem uma proposta concreta a nível do desporto nacional, sabendo que é algo que deve ser trabalhado aos poucos”, conclui.
MpD
O Movimento para a Democracia (MpD) considera que o desporto deve ser um factor de desenvolvimento económico e instrumento privilegiado para a projecção da imagem internacional de Cabo Verde.
O partido, representado por Luís Leite, define um conjunto de princípios, nomeadamente a projecção de um novo ciclo do desporto cabo-verdiano.
“A assunção da importância do desporto é o principal compromisso, considerando que o desporto é uma actividade transversal e interage com a questão da educação e da formação, com a saúde e o bem-estar das populações. Uma outra vertente que tem sido pouco explorada é a indústria desportiva e a exportação de jovens talentos, que começa a ser uma realidade e que pode ser potenciada”, detalha.
Qualificar e capacitar as instituições desportivas, consolidar os instrumentos de promoção do desporto e resolver a questão do financiamento são outros compromissos do MpD.
“Temos federações que, neste momento, estão a participar em provas internacionais, mas não temos federações fortes com quadros profissionais. Depois, temos a questão do financiamento que se sabe que há uma lei de mecenato, mas falta a regulamentação, clarificação e falta também a desburocratização”, remata.
PSD
O Partido Social Democrático (PSD) quer promover o desporto nacional e propõe, por exemplo, um maior benefício para os clubes cabo-verdianos nas transferências de atletas para o estrangeiro.
José Rui Além, cabeça-de-lista do partido por Santiago Sul, entende que esta é uma estratégia que deve ser adoptada em todas as modalidades desportivas.
“Queremos apresentar no parlamento uma proposta de que qualquer cidadão cabo-verdiano, no país ou no estrangeiro, que ingresse num clube de grande dimensão e que tenha algum valor e que tenha tido a formação num clube em Cabo Verde, que esse clube beneficie dessa formação. Estou a falar do futebol, mas podemos falar disso no que diz respeito ao atletismo ou a qualquer outra modalidade”, esclarece.
O PSD defende uma ligação mais efectiva entre o clube de formação e a federação onde o atleta transferido se encontra inscrito.
“Temos que ver as possibilidades de financiamento de forma indirecta. O que propomos é que haja uma ligação efectiva, quer ao clube de ligação, quer também à federação do atleta, seja no futebol, karaté ou qualquer outra actividade desportiva”, termina.
Quinta-feira, dia 17, o Cabo Verde 2016 - Diário de Campanha será dedicado as Relações Exteriores e Cooperação. O programa pode ser ouvido na Rádio Morabeza (93.7 Santiago, Maio e Fogo; 90.7 São Vicente, Santo Antão e São Nicolau), a partir das 19h00.
