O ex-presidente timorense José Ramos-Horta defendeu segunda-feira que Timor Leste, ao assumir a presidência da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) no próximo ano, crie ações para aproximar a organização das populações dos países membros.
De acordo com o ex-presidente timorense e prémio Nobel da Paz de 1996, em Timor-Leste, um grupo já trabalha na busca de ações culturais que possam ser apresentadas no sentido de "popularizar" a CPLP.
Ramos-Horta criticou a forma como a comunidade tem sido desenvolvida até hoje, "como se fosse uma organização regional, e não uma organização multicultural e extracontinental".
Na avaliação de Ramos-Horta, outra oportunidade que a presidência timorense pode apresentar à comunidade seria a promoção da aproximação entre os países de língua portuguesa e grupos regionais asiáticos como a Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN).
Ramos-Horta defendeu ainda a aprovação da entrada de Guiné Equatorial no grupo. O país, de língua espanhola, tem o estatuto de membro-observador desde 2006.